Segurança na RMC tem solução com ação integrada

Preocupado com os alarmantes índices de criminalidade em Curitiba e nos demais 27 municípios da Região Metropolitana, o governador Roberto Requião vem realizando várias reuniões com os prefeitos. O objetivo do governo é claro: viabilizar ações que propiciem a necessária diminuição no crescimento da violência.

Atingir esse objetivo em curto espaço de tempo é o grande desafio das policias Civil e Militar. Ele é possível desde que algumas medidas práticas sejam adotadas com o governo – amparado pela opinião pública que clama por mais segurança faça uso de sua inerente autoridade.

A primeira medida a ser adotada é o mapeamento da criminalidade com identificação dos locais aonde a incidência de marginais é mais acentuada. A medida é possível com a participação dos núcleos de inteligência das policias Civil e Militar que teriam ainda a tarefa de localizar e identificar os principais líderes da criminalidade.

A segunda medida é a implementação de operações conjuntas das policias Civil e Militar com a colaboração do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e mais as secretarias municipais ou estaduais envolvidas com o ordenamento urbano como a de Urbanismo e do Meio Ambiente. A filosofia a ser adotada nas operações deve pregar o envolvimento de todos no combate total ao crime.

A terceira e última medida é a implementação após a redução dos índices de criminalidade de ações sociais que propiciem lazer à comunidade, com atenção específica aos adolescentes e jovens que são as camadas mais visadas pelo crime organizado. O trabalho orientado pelo estado será direcionado por professores qualificados em esportes coletivos e individuais como a natação.

As três medidas trarão tranqüilidade para os quase três milhões de habitantes da RMC que testemunhariam a retirada de circulação dos elementos nocivos ao convício social.

Já foi dito que quando o Estado não é presente entre os despossuídos, abre-se espaço para a instalação do crime organizado recrutar militantes. Ou seja, as medidas propostas exigem do Estado ações complementares e permanentes através das instituições responsáveis pela segurança, e também dos órgãos governamentais que cuidam do social e do relacionamento com as comunidades. São elas:

– Manutenção dos núcleos de inteligência nos locais de grande incidência de crimes e viabilização de meios de comunicação para a sociedade ter contato direto e rápido com as autoridades policiais.

– Permanente vigilância nos locais identificados como problemáticos, através de ronda a pé, a cavalo, de moto e com viaturas através da Policia Militar, Civil e Guarda Municipal.

– Colocar telefones com um número específico em locais estratégicos do centro e dos bairros nos 28 municípios metropolitanos para que a comunidade possa denunciar a presença de marginais.

– Instalar postos de saúde e creches com infra-estrutura, e abrir as escolas no período noturno e nos finais de semana para toda a comunidade sentir apoio do governo e se afastar dos marginais.

– Firmar parcerias com empresas localizadas nas periferias para que propiciem a manutenção do lazer às crianças e adolescentes através da prática de esportes coletivos.

Para o Estado que apenas vai otimizar as estruturas que já possui, propostas que não oneram para a comunidade a desoneração do que mais preocupa.

Com o estado presente através da segurança, todos viverão com mais tranqüilidade e sem preocupações com as vidas que hoje são ceifadas em Curitiba e Região Metropolitana.

Valdir de Córdova Bicudo é investigador da Polícia Civil

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