Roleta-russa, suicídio ou assassinato? A polícia de São José dos Pinhais tem dúvidas sobre a morte do segurança desempregado Écio Ferreira da Silva, 30 anos. Ele caiu sem vida, aos 20 minutos da madrugada de ontem, no pátio do posto de combustíveis Cupim, no quilômetro 620 da BR-376, Planta São Marcos, mas a origem dos disparos que o vitimaram é incerta.
Ainda no local da morte, a Polícia Militar suspeitava que Écio havia feito uma roleta-russa, apontando um revólver calibre 38 contra a própria cabeça. Mas um detalhe provocou dúvidas sobre esta versão. “Ele levou um tiro em cada ouvido. É difícil alguém disparar duas vezes na própria cabeça”, observou o superintendente Altair, da delegacia de São José dos Pinhais.
A família da vítima também duvida desta hipótese. Segundo o irmão Eliezer Francisco dos Santos, 34 anos, Écio era um pessoa calma, tinha dois filhos e se relacionava bem com os parentes. “Jamais cometeria uma bobagem como fazer roleta-russa”, acredita o irmão.
A família soube que o segurança conversava com um grupo de amigos, incluindo frentistas do posto, quando houve os tiros. “A arma talvez até estivesse com ele. Mas outra pessoa pode ter acionado o gatilho, ou colocado um projétil sem que percebesse”, afirmou, arriscando uma explicação para a morte do irmão.
A arma que matou Écio foi apreendida pela delegacia de São José dos Pinhais e passará por perícia. “Dependemos do laudo da Polícia Científica e de depoimento de testemunhas para saber o que de fato ocorreu”, finalizou o policial.