A desconfiança de que sua mulher estava tendo um caso com outro homem, teria levado o segurança Luiz Carlos Moreira de Melo, conhecido como “Luizão”, a matar o pedreiro Celso Luiz Cabral, 42 anos, na tarde de sábado, no bairro São Sebastião, em Fazenda Rio Grande.
Com um revólver calibre 38, ele atirou no peito da vítima, que tombou morta no interior de um bar, na Avenida João Quirino Leal. A polícia tentou localizar o suspeito, porém não teve sucesso e aguarda que ele se apresente para prestar depoimento.
Informados do crime, o investigador Marcos Gogola e o superintendente Juscelino Bayer, da delegacia local, foram até o bar e ouviram diversas testemunhas. Foi apurado que Celso e Luiz já se conheciam e eram amigos.
Porém, nos últimos meses, Luiz começou a suspeitar que sua mulher estaria se aproximando de Celso. “Fomos informados que, desde março, a esposa do autor vinha tentando marcar um encontro amoroso com o pedreiro”, afirmou Gogola. Isso deixou Luiz enfurecido e causou um atrito entre os amigos.
Encontro
No sábado à tarde, para deixar tudo acertado entre os dois, resolveram marcar um encontro no Bar do Evo, com a presença das mulheres de ambos. Celso e a esposa foram e ficaram aguardando o outro casal, que não apareceu. O pedreiro, então, voltou para casa.
Porém, insatisfeito com a falta de solução para o problema, resolveu ir novamente ao bar, desta vez sozinho e armado com uma faca. “Quando ele chegou, pouco antes das 17h, o Luiz apareceu e disparou um tiro contra ele, na altura do peito, que atingiu o pulmão”, afirmou o policial.
“De acordo com a perita do Instituto de Criminalística, saiu muito sangue pela boca da vítima, que morreu engasgada”, completou Gogola. Os rastros de sangue deixados no local indicam que Celso foi baleado do lado de fora do bar, correu pra dentro na esperança de ser socorrido, mas não resistiu e morreu no meio do estabelecimento.
“As testemunhas apontaram o Luiz como autor e fomos até a casa dele, porém não o encontramos”, lamentou o investigador. “Conversamos com a mulher dele e ela disse que confessou ao marido que estava tendo um caso com o Celso.
Inclusive, no sábado, a Polícia Militar recebeu uma ligação dela dizendo que o Luiz estava indo ao bar para matar o pedreiro, mas não houve tempo de impedir o crime”, explicou Gogola.
Nos próximos dias, Luiz deverá ser intimado em sua casa ou no serviço, pra que compareça à delegacia e ser interrogado. Caso ele não se apresente, o delegado poderá representar pela prisão preventiva do acusado.