Segurança é preso nove meses após o crime

Nove meses depois de assassinar sua mulher e o colega de trabalho, o segurança Adair Barroso Santos, 32 anos, foi preso por policiais de Campo Mourão. Segundo o superintendente da delegacia local, Job de Freitas, a prisão se deu após a descoberta do escritório da advogada do criminoso, localizada em frente à delegacia da cidade.

Job contou que descobriu recentemente que a advogada de Adair tinha escritório Campo Mourão. "Ao falar com ela disse que já sabíamos que o Adair estava na cidade e que iríamos confeccionar vários folhetos com a fotografia dele, que tem mandado de prisão decretado por Pinhais e Colombo. Ontem, ela apresentou Adair", informou o policial.

Coincidentemente, o superintendente da delegacia de Campo Mourão acompanha o caso desde o início já que, na ocasião, estava lotado na DP de Alto Maracanã, em Colombo, local do crime.

Mortes

No início da tarde do dia 1.º de fevereiro deste ano, Adair discutiu com a esposa Sirlei Leal, 27 anos, dentro da residência do casal, na Rua Formosa do Oeste, Bairro Guaraituba, em Colombo. De repente, sacou o revólver e fuzilou a mulher, que caiu no chão da sala da residência, ao lado do sofá. Consumada a tragédia, Adair entrou em seu Corsa placas AFV-2087 e seguiu a Pinhais, onde executou Aparecido Costa Viana, 30 anos. Adair, Sirlei e Aparecido trabalhavam na mesma empresa e eram amigos. Meses antes do crime, Adair se mostrava transtornado por ciúmes da mulher.

A desconfiança começou a ganhar força a partir de brincadeiras de mau gosto realizadas por companheiros de trabalho. Quase que diariamente, ele encontrava escrito no espelho do banheiro da empresa frases que insinuavam que estava sendo traído. Adair chegou a comentar com um amigo que encontrou a palavra "chifrudo" escrita diversas vezes no espelho.

Diante dessa situação, o segurança solicitou que a esposa saísse do trabalho, pedido que foi atendido. Só que a prova de amor dada por Sirlei não foi o bastante para Adair.

O superintendente Job de Freitas disse que quando estava lotado na delegacia do Alto Maracanã apurou que Adair tinha fugido para o interior do Estado, mas na época não o encontrou. "A minha transferência para o mesmo local onde ele escolheu para se esconder foi pura coincidência", comentou o policial. "Por enquanto, Adair permanece recolhido no xadrez da delegacia de Campo Mourão. Já avisamos os juízes de Colombo e Pinhais", salientou o policial.

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