O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, afirmou à diretoria do recém-criado Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sipol), do Paraná, que vai ajudar a Polícia Civil a se restabelecer, não só na carreira profissional ou no número de viaturas, mas em toda a estrutura.
Na segunda-feira (11), os policiais civis apresentaram os principais problemas e sugestões para melhorar o quadro atual. “Tive a oportunidade de acompanhar o processo de modernização da Polícia Federal, como delegado da instituição. Quero garantir que o mesmo ocorra com a Polícia Civil, que há pelo 20 anos está esquecida”, declarou.
De acordo com o presidente do Sipol, Roberto Ramires Ferreira, o sindicato foi criado há seis para defender os direitos dos investigadores de polícia. “Seguimos a tendência do pluralismo sindical, quando uma só categoria cria um sindicato, assim como foi feito com os papiloscopistas, médicos-legistas e escrivães, por exemplo”, explicou.
Ferreira afirmou que a diretoria do Sipol teve excelente impressão do secretário, ao perceber que tratavam com um policial experiente, que fala com propriedade sobre aquilo que representa. Entre as principais reivindicações apresentadas está a criação de um cargo administrativo. Ele argumentou que os policiais são preparados para atuar nas ruas, para garantir a segurança da população, e não para trabalhar como digitadores e em serviços burocráticos.
Apoio
O secretário demonstrou apoio ao pensamento de Ferreira e disse que o objetivo é que as 95 delegacias cidadãs, a serem construídas no Paraná até 2014, terão atendimento especializado à população, com assistência social, psicologia, por exemplo. “É inaceitável colocar policiais na linha de frente para atender a comunidade e deixar o setor de investigação desfalcado”, opinou.
O secretário também esclareceu que o processo da reformulação do estatuto da Polícia Civil será democrático e haverá acesso será livre a representantes, mas que por enquanto o documento ainda está sendo estruturado.
