Um tiro certeiro no coração, disparado supostamente por um “profissional do gatilho”, colocou fim à vida do sargento da Polícia Militar José Cláudio da Rosa, 41 anos, na noite de ontem.
O crime ocorreu por volta das 18h50, no momento em que o policial chegava em casa, na Rua Menino Jesus, bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Três indivíduos envolvidos no crime conseguiram fugir e não foram identificados.
O sargento Cláudio, como era conhecido na corporação, estava em seu primeiro dia de férias. Passou a tarde com familiares, ajudando-os a procurar uma casa para alugar nas imediações de onde morava.
Depois de deixar a irmã em casa, o policial seguiu para sua residência. Estacionou seu Golf na calçada, abriu o portão e colocou o carro para dentro. Quando voltava para fechar o portão, foi surpreendido por um rapaz que lhe deu o tiro no peito.
Segundo a perita Jussara Joeckel,do Instituto de Criminalística, o sargento ainda tentou reagir, sacando sua pistola, que estava na cintura. Mas não teve força para atirar. Tombou com a pistola em punho na entrada da garagem.
Crianças que jogavam futebol na rua escutaram o disparo e contaram para o tenente Antônio Custódio que viram três homens se aproximando da casa. Dois ficaram na esquina e o terceiro foi até a residência do policial. Depois do tiro, os três se reuniram novamente e fugiram em sentido ignorado.
Exemplo
“Infelizmente mais um policial militar foi assassinado. Já são vários casos esse ano. Os oficiais que estão no interior da casa estão chocados”, contou a perita Jussara, após examinar o local.
José Cláudio seria o quinto policial militar assassinado desde o início do ano. Ela descartou a hipótese de assalto e verificou que se tratou de uma execução. “Quem atirou era profissional. Acertou exatamente onde queria”, relatou Jussara, que acredita que o sargento foi ferido por um revólver calibre 38.
Nos 22 anos de corporação militar, José Cláudio sempre esteve lotado na Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais. Atualmente trabalhava no setor de transportes.
De acordo com o tenente Custódio, o colega nunca relatou ter inimigos, estar com problemas ou sofrendo ameaças. Sempre foi policial de boa conduta. O mesmo relatou a vizinhança e a irmã dele, Maria Aparecida da Silva.
Todos dizem que o sargento era benquisto no bairro. Por conta da profissão, era conhecido e estava sempre sendo chamado para prestar alguma ajuda, a qual ele nunca negava. O sargento era casado e tinha uma filha de sete anos.