Um sargento da Polícia Militar foi agredido com soco no supercílio por um DJ no John Bull Pub, durante operação da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) na madrugada desta quinta-feira (1º). A agressão ocorreu enquanto a casa, na Rua Mateus Leme, era interditada por estar com alvará de funcionamento vencido e não ter documentos da Vigilância Sanitária e certificado de vistoria dos bombeiros. O policial pediu para o DJ abaixar o som e avisar aos clientes que o local seria fechado. Aí o homem partiu para cima do policial.

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O sargento Jackson Knoll precisou de atendimento médico e levou cinco pontos no supercilio. Já o agressor, identificado como Jeferson dos Santos, 26 anos, foi preso. De acordo com o sargento Jackson Knoll, a ação era uma operação de rotina da Aifu para fiscalizar bares e casas noturnas. Além da falta de documentos, o local já foi notificado porque o teto de madeira precisa ser trocado por haver risco de incêndio.

Segundo o sargento, no momento que soube da interdição, o DJ pegou o microfone e falou aos clientes que partissem para a violência contra os policiais militares e guardas municipais. Além do policial, outras cinco pessoas ficaram feridas por conta de garrafas que foram atiradas em quem estava presente. Todos os feridos foram atendidos por socorristas do Siate e liberados no local. O DJ foi imobilizado por outros policiais e encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no Portão.

“Caso isolado”

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O proprietário do John Bull Pub, Gilberto Carvalho, confirmou à Tribuna que o alvará da casa venceu no final de 2013. “Tirei o alvará da polícia, tirei o do meio ambiente e o dos bombeiros pediram para fazer umas adequações no projeto. Arrumei e dei entrada de novo, e eles estão analisando o projeto. Então eu só estava com o protocolo dos bombeiros”. Gilberto disse que a atitude do DJ foi um caso isolado e que não compactua com a postura dele. O proprietário relatou ainda que não era um DJ fixo da casa. “Ele não tinha direito nenhum de pegar o microfone e insultar a polícia. Tinha que acatar a voz dos policiais, descer do palco e aguardar o posicionamento”.

Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar) lamentou o “ato covarde desferido contra o servidor público e policial militar no exercício de sua atividade”. A associação informou que a categoria repudia “veementemente a violência ou incitação dela” e que é “a favor de fiscalizações e de ações legais e positivas que combatam a concorrência desleal e de pessoas físicas e jurídicas não comprometidas com sociedade e cidadãos”.

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