São José dos Pinhais adota arma de choque

A Guarda Municipal de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, acaba de adquirir aparelhos de choque para conter a ação de bandidos ou contraventores. O objetivo é diminuir os confrontos envolvendo armas de fogo, bem como garantir maior segurança aos guardas e aos presos. O aparelho é seguro, garantem os distribuidores, já que permite a imobilização sem causar danos à saúde.

São José é a primeira cidade paranaense a adquirir o artefato, conhecido como Taser. Segundo o diretor da empresa que distribui o aparelho, Elton Clemente Junior, a tecnologia é amplamente usada nos países desenvolvidos e adotada com sucesso em cidades brasileiras. ?Estatísticas mundiais dão conta de que o uso do aparelho de choque diminui em até 80% os confrontos envolvendo armas de fogo?, afirma.

A pistola de choque funciona disparando um cartucho com dois dardos, que, presos à pele ou roupa do alvo, emitem pulsos elétricos. ?Essa energia imita os sinais que o cérebro envia ao músculo, fazendo com que esses obedeçam ao pulso elétrico. Toda a musculatura do corpo se contrai, fazendo a pessoa cair imobilizada. A sensação é de uma câimbra generalizada?, explica. O tempo de imobilização, de alguns segundos, é suficiente para o guarda ou policial se aproximar e algemar a pessoa.

O distribuidor garante que o aparelho não provoca danos à saúde, já que, por possuir alta voltagem, mas baixa amperagem, a corrente elétrica não é conduzida pelo corpo. ?Estudos médicos comprovam que o aparelho não é letal, nem mesmo em portadores de marcapasso?, atesta. ?Apesar da sensação de desconforto que provoca, após o choque, a pessoa se restabelece em instantes.?

O secretário municipal de Segurança de São José dos Pinhais, Ariovaldo de Gouveia Sobrinho, afirma que o município investiu R$ 40 mil neste primeiro lote de pistolas (onze foram adquiridas). ?Mas já estamos em processo de importação de outros 22 aparelhos com recursos financiados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que incentiva a adoção desse tipo de arma?, diz.

Os aparelhos de choque comuns, vendidos muitas vezes clandestinamente e polemizados recentemente depois que um estudante de Curitiba afirmou ter sido atingido por um guarda municipal durante uma manifestação, são diferentes desta pistola, garante o secretário. ?Esta é para uso exclusivo da polícia e conta com especificações que garantem a segurança?, diferencia. ?Já tivemos inúmeros confrontos armados, viaturas atacadas e servidores baleados. Com o choque, esperamos diminuir em muito esses eventos?, argumenta.

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