O delegado adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Guilherme Rangel, diz que as duas principais modalidades de crimes praticados contra idosos são os roubos envolvendo agências bancárias e o chamado “Golpe do Cavalo Doido”, que consiste em derrubar o idoso no chão para dificultar sua reação e então subtrair a bolsa ou outro objeto visado. Em ambos os casos o idoso é presa fácil, pela sua fragilidade.
Rangel não coloca o latrocínio como um crime comum contra idosos. “É um tipo de crime que depende muito do bandido, do temperamento e caráter dele, porque ele pode chegar e atirar a esmo. Pode vitimar o idoso, assim como outro de qualquer idade”, diz. O idoso é mais vítima em casos de furtos e principalmente estelionatos, com vários tipos de golpes.
Entre os principais golpes estão o Golpe do Bilhete (em que o malfeitor simula vender um bilhete premiado por um preço menor que o do prêmio). “Por incrível que pareça, por mais manjado que seja este golpe, ele ainda funciona”, diz o delegado. Tem também o Golpe da Ajuda. O malfeitor conta uma história triste para o idoso e pede dinheiro para viajar, comer ou comprar remédio. O idoso fica com pena, vai até um caixa e quando vai sacar cinquenta reais, recebe voz de assalto e acaba obrigado a sacar mil reais.
‘Saidinha’
O Golpe da Saidinha do banco é outra modalidade popular de crime contra os idosos. Tem ainda uma variedade de estelionatos que se torna praticável por conta da sensibilidade e da ingenuidade do idoso. Rangel aconselha os idosos a ficarem atentos. “É a palavra chave”, diz ele. E, se possível, sair de casa acompanhado quando o assunto for dinheiro. O delegado diz que todo cuidado é pouco e que o idoso deve ficar muito desconfiado com a proximidade de pessoas querendo ajudar. (EP)