Num desentendimento com gangues, Gilvan Cantuari Rosa, 15 anos, foi baleado em Pinhais, no final da tarde de ontem. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Cajuru com dois tiros nas costas. Mais tarde, às 18h, seu irmão gêmeo, Gilnei, foi tirar satisfações com o agressor e acabou morto com um tiro no peito. O "acerto de contas" foi na Rua Rio Uruguai, Jardim Weissópolis, em frente a empresa Sanplast, próximo ao autódromo. Uma testemunha ouviu três disparos e um homem correndo, porém não conseguiu identificar o atirador.
O soldado Siqueira, do Projeto Povo – 17.º Batalhão da Polícia Militar, contou que há tempos existe uma briga entre as gangues locais. Siqueira ainda apurou que esta gangue é a mesma que matou acidentalmente o menino Marcelo Augusto de Lima, de 6 anos, com um tiro na cabeça. O garoto foi ferido quando brincava na Rua Rio São Francisco, no dia 28 de agosto, e seus assassinos – Max Willian Cit, e Jorge Luís Pino Gomes – foram presos em 14 de setembro.
Ameaças
Uma amiga de Gilnei contou que os irmãos já vinham sendo ameaçados pela gangue há tempos, e que o responsável pelo disparo seria Rodrigo, também conhecido por "Gão", porém não soube explicar o motivo da perseguição. A garota ainda defendeu o menino morto, dizendo que não achava provável o envolvimento dos irmãos com drogas. Ao sair do local do crime, um grupo de jovens queria tirar satisfações pela morte. Porém uma senhora, que acompanhava o grupo, alertou a turma. "Isso tem que parar. Vocês não vão resolver nada. Sabem que os caras estão matando. Nem a polícia está se envolvendo com isso", disse a mulher.