Júlio tinha ido ao mercado e foi baleado na rua. |
Os tomates e a cerveja caíram da mão de Júlio César Prado, 23 anos, junto com o rapaz, morto com um tiro na cabeça, às 19h40 de sexta-feira, na Ferrovila, Cidade Industrial. Ele estava a poucos passos de sua casa, na Rua Bandur Magnus Gruba, perto da Avenida das Indústrias, quando foi atacado por dois indivíduos de bicicleta. Pelas primeiras informações, os assassinos procuravam por Vagner, ou "Vaguinho", também chamado de "Caveirinha", irmão de Júlio.
Havia poucas pessoas na rua na hora do crime, e nenhuma delas soube dar características dos matadores. "Ouviram um tiro só", comentou o soldado Albano, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência junto com o soldado J. Silva. O único disparo foi confirmado na avaliação inicial do perito Victório, da Polícia Científica. Certeira na cabeça, a bala deixou Júlio caído na esquina em frente à sua casa.
Irmão
Momentos antes de ser morto, o rapaz conversava com seu irmão em frente a residência deles. Vagner saiu e Júlio foi ao mercado próximo comprar tomates e cerveja. Na volta, dois jovens chegaram até ele em duas bicicletas e perguntaram por "Vaguinho", em seguida, atiraram e desapareceram nas ruelas da vila. A descrição do crime foi feita por uma testemunha, que não quis se identificar, para preservar sua integridade física.
Vizinhos da vítima atestaram que Júlio era trabalhador e que passara o dia em uma construção, onde era servente de pedreiro. Pelos registros da Polícia Militar, a vítima respondia inquérito no 11.º Distrito Policial (CIC), por roubo. Já "Vaguinho" é conhecido por cometer furtos na região e estar envolvido em outros delitos.
Os investigadores da Delegacia de Homicídios colheram as primeiras informações para tentar elucidar o caso. Na manhã de ontem, a mãe dos irmãos, Tânia Petroski Prado, foi à DH dar mais detalhes aos policiais. Segundo contou, Júlio estava na casa da Ferrovila há cerca de 10 dias. "Ele estava trabalhando em Santa Catarina. A casa era usada de vez em quando", disse. "Gostaria que quem souber de alguma coisa, denuncie", pediu a mulher, angustiada pelo mistério em volta da morte do filho. O telefone da DH é 262-2641.