A capital viveu momentos violentos no fim de semana, com o registro de seis assassinatos e duas tentativas de homicídio. O banho de sangue começou na madrugada de sábado, quando uma mulher foi morta dentro de casa, no Sítio Cercado, e estendeu-se até a manhã de domingo, quando mais um cadáver foi encontrado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Além destes bairros, também aconteceram crimes em Santa Felicidade, Fazendinha, Xaxim e Cajuru. Estas ocorrências foram oficialmente registradas pela polícia, sem contar outros casos de feridos que foram atendidos por hospitais e unidades de saúde e não foram informados às autoridades policiais.
Uma das ocorrências que mais chamou a atenção foi o assassinato do gesseiro Oriton Flávio Pires, 30 anos, encontrado morto no porta malas de seu carro, o Peugeot 206 placa DFM-1102.
O veículo foi abandonado numa picada recém aberta no mato, numa área rural da Vila Sabará, CIC. A família da vítima contou à polícia que Oriton saiu de casa na Vila Verde, CIC, no meio da tarde de sábado, para receber o dinheiro de um aluguel.
Por volta das 18h30, a família recebeu um telefonema, dizendo que o gesseiro tinha levado um tiro, foi colocado no porta-malas de seu carro e abandonado em algum lugar. Os parentes passaram a noite em pânico, procurando pelo rapaz e telefonando insistentemente para o celular dele.
Também fizeram contato com a pessoa de quem ele receberia o aluguel. Era um conhecido da família, que informou que Oriton passou por lá, recebeu o dinheiro e saiu normalmente, não correndo nada de diferente.
Bar
No meio das buscas, a família descobriu que Oriton havia passado em um bar, numa rua atrás da boate Emily Drinks, que fica na Avenida Juscelino Kubistchek de Oliveira, na Vila Sabará, onde tomou cerveja. Parentes foram até a rua e encontraram três bares. Todos estavam fechados e a vizinhança não sabia dizer o que aconteceu.
Na manhã de ontem, a Polícia Militar foi chamada por dois rapazes, que andavam no carreiro de mato na Vila Sabará e encontraram o carro de Oriton. As portas do carro estavam fechadas, mas os vidros abertos.
Ao abrir o porta-malas, os PMs encontraram o corpo do gesseiro. Oriton tinha marcas nas costas, como se tivesse sido arrastado no asfalto ou em algum matagal.
A perícia constatou que ele foi morto com um tiro na cabeça. Familiares do gesseiro ainda contaram que o jovem era muito trabalhador. Eles desconhecem qualquer motivo para o crime, que pode ter sido um roubo seguido de morte.
