Um mês depois de ter a foto divulgada pela polícia, Keoma Alves dos Santos, 25 anos, foi preso por investigadores da 2.ª Delegacia de Homicídios. O jovem é considerado um dos principais causadores da guerra entre gangues na Vila Torres, Prado Velho. É suspeito de matar, com cerca de 18 tiros, Valdecir da Silva, 45, o “Gordão”, dentro de um táxi estacionado na Rua Manoel Martins de Abreu, em 16 de janeiro. O taxista foi atingido de raspão.
Keoma também consta no inquérito do triplo homicídio, cometido em 5 de março, na Rua Irineu Adami. As vítimas foram os irmãos Thiago e Diego do Rosário, 20 e 18 anos, e o amigo deles, Evandro Canuto dos Santos, 24. Segundo a polícia, os três eram da gangue de Keoma, a da “parte de cima” da vila, e foram mortos após desacordo. Valdecir foi executado porque estaria devendo 100 gramas de crack para a quadrilha dele.
No fim de abril, o delegado Fábio Amaro, responsável pelas investigações na região da vila, divulgou os nomes de Keoma e de Jeferson Rogério Pereira da Rocha, 21, suspeitos pela morte de Valdecir e pelo triplo homicídio.
Defesa
“Acreditamos que com a prisão de Keoma seja possível levar mais tranquilidade aos moradores da região”, disse Fábio. Conforme o delegado, o preso disse que estava no local dos dois crimes, mas não atirou. “No assassinato dos três jovens, alegou que foi socorrer as vítimas, de quem era amigo. Mas testemunhas disseram que ele foi visto atirando”, detalhou. Jeferson continua foragido e a polícia pede ajuda para capturá-lo. Quem tiver informações deve ligar gratuitamente para o número 0800-643-1121.
Trégua
Fábio relembrou que a polícia vem trabalhando para barrar a guerra dos quadrilheiros. No início de abril, Gilson Carlos da Silva, o “Tévez”, foi capturado. Ele é acusado de matar o rival da “parte de baixo”, Márcio Napoleão Almeida, o “Marcinho”, em julho do ano passado. O crime teria quebrado a trégua entre as gangues e motivado o recomeço dos confrontos que, de lá pra cá, causaram pelo menos 13 mortes a tiros.