No dia em que completava 45 anos, Dorival de Oliveira foi assassinado com 15 pontaços e “ganhou” flores do assassino, que preparou o “velório” da vítima no meio da Rua Olivia Bandeira Singer, Conjunto Piratini, Pinheirinho.
Quando chegaram ao local, por volta das 6h40, o cabo Vander e o soldado Graciano, do 13º Batalhão da Polícia Militar, se surpreenderam com a cena do homem esfaqueado, segurando um pequeno maço de rosas sobre o peito.
Ao lado do corpo, havia pedras, a lâmina da faca usada para matar a vítima, o par de chinelos, um boné escrito “Jesus” e uma garrafa de bebida quebrada. Segundo a perícia, ao todo foram 15 golpes: oito no pescoço, quatro no rosto, um no peito, um na mão e outro na testa.
“Até me espantei quando cheguei aqui. Acredito que foi o próprio homicida que colocou as flores e ainda ajeitou a mão da vítima. O autor certamente é alguém que convivia com ele para saber a data do aniversário”, disse o cabo Vander.
Colega
Um colega de Dorival chegou à cena do crime com a identidade do morto. O homem contou aos policiais que Dorival era catador de latinhas e virou andarilho depois de ter abandonado a família por conta do vício em drogas e bebida alcoólica.
“A vítima tinha mulher e filhos, mas, por causa da droga, saiu de casa e estava “parando’ no ferro-velho desse conhecido numa favelinha. Também foi comentado que Dorival fazia limpeza num baile da região”, relatou o cabo.
Ontem, por volta das 3h30, moradores disseram ter ouvido apenas os gemidos de Dorival, que agonizava no meio da rua, porém, a polícia só foi acionada pela manhã, quando populares encontraram o corpo.
“Eles não escutaram nenhuma discussão,. Ou foi por causa da cachaça ou droga”, supôs o policial. Investigadores da Delegacia de Homicídios compareceram ao local para colher informações que possam levar à autoria e motivação do crime.