“Roberto Carlos” foi assassinado no Jardim Bonfim, em Almirante Tamandaré. O guardador de carros Velcidino Chagas de Freitas, 56 anos, que ganhou o apelido porque cantava em bares da região, foi encontrado morto num barranco que margeia a Rua José Machado Vaz. Ele tinha marcas de pancadas na cabeça. Ninguém testemunhou o crime.
Juarez Ramos, genro de “Roberto”, contou que o sogro trabalhava como guardador de carros nos arredores do Hospital Evangélico. Ontem, deveria ter retornado para casa depois do trabalho e desde então os familiares o procuravam. No início da tarde de ontem, uma mulher seguia para casa quando encontrou o corpo caído no barranco. “Roberto Carlos” tinha três golpes na cabeça, dados por pau ou pedra, segundo a perícia.
Música
Tanto o genro, quanto um amigo da vítima, reforçaram que “Roberto Carlos” era muito benquisto no bairro, não tinha inimigos nem usava drogas. De vez em quando, ele ia de bar em bar cantar e beber. Além das canções do rei, interpretava músicas de Gildo de Freitas e Teixeirinha. Tocava violão, bebericava um pouco e seguia para outros bares, cantar e beber, alegrando os frequentadores.
As pessoas chamavam o guardador de carros de “Roberto Carlos” porque ele procurava manter a aparência semelhante à do cantor. A vítima morava no bairro vizinho onde foi morto, o Jardim Amazonas. Era casado e tinha quatro filhos, o mais novo prestes a completar 18 anos.