Roberto Bertholdo transferido para o COT

O advogado Roberto Bertholdo foi transferido, na última sexta-feira, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para o Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT). Uma vez incluso no sistema penitenciário, ele aguarda a definição do presídio no qual cumprirá os cinco anos e três meses de reclusão, em regime semi-aberto. Ele foi condenado pela 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba pela interceptação clandestina do telefone do juiz federal Sérgio Moro.

Por ora, ele segue em cárcere fechado. A Justiça aguarda o julgamento do recurso interposto pelo Ministério Público Federal (MPF), que avaliou como branda a pena em regime semi-aberto, que permitirá que Bertholdo passe o dia longe da penitenciária, só retornando ao local à noite. Caso esse regime seja mantido, o destino mais provável do advogado é a Colônia Penal Agrícola, em Piraquara.

Processo

No processo que resultou na condenação de Bertholdo, a denúncia revela que ele implantou escutas telefônicas para interceptar conversas do juiz Sérgio Moro com o objetivo de obter informações privilegiadas a respeito de processos envolvendo seus clientes. Ao todo, foram pelo menos 41 ligações interceptadas no gabinete do juiz.

Preso desde o dia 5 de novembro, Bertholdo também é acusado de lavagem de dinheiro, tráfico de influências e envolvimento no mensalão.

No mês passado, Bertholdo ganhou destaque da imprensa nacional após trocar farpas com o ex-deputado Tony Garcia, que o acusa de pagar propina ao PMDB em troca de apoio ao governo federal, com dinheiro proveniente de estatais como Itaipu – empresa da qual fez parte do conselho administrativo -, Furnas e Correios. 

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