O combate à criminalidade na região metropolitana é prioridade da Secretaria da Segurança Pública. Em 2011, os municípios vizinhos de Curitiba sofreram com o aumento nos índices de vários crimes, principalmente roubo, furto, lesão corporal e violência doméstica. Nem mesmo a pequena queda no número de assassinatos alivia o problema, já que alguns municípios ainda aparecem com índices assustadores, entre os maiores do Brasil. Quase 28% dos homicídios registrados no Paraná aconteceram na região metropolitana e a meta é reduzir as mortes pela metade.
Uma das ações previstas é a ativação do 22.º Batalhão da Polícia Militar, com sede em Colombo, mas que também atenderá outras cidades. “Há uma saturação absoluta no único batalhão (17.º) que atende a região metropolitana”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar. A inauguração do novo batalhão está previsto para o primeiro semestre e será formado com os policiais militares recém-contratados, que fazem treinamento na Academia do Guatupê.
O delegado Hamilton da Paz, responsável pela Divisão da Região Metropolitana da Polícia Civil, afirmou que haverá aumento do efetivo na instituição. “Até o final do primeiro semestre, deveremos ter mais 85 investigadores e 16 escrivães nas delegacias da região. Há duas semanas, recebemos dez novas viaturas descaracterizadas”, informou Hamilton. Também está prevista a construção de mais nove delegacias na RMC. De acordo com Hamilton, há 658 presos nas carceragens da região metropolitana, desses 126 são condenados e deveriam estar em penitenciárias.
Mortes
Dentre os principais índices de violência, o único em que houve queda na região metropolitana foi o homicídio doloso (3,7%), principalmente pela diminuição considerável de assassinatos em Pinhais e São José dos Pinhais, conforme já havia sido divulgado pelo Paraná Online no começo do ano. Por outro lado, Almirante Tamandaré e Colombo tiveram alta nos assassinatos e, juntamente com Campina Grande do Sul, Piraquara e Mandirituba, foram os municípios com maior número de mortes por habitante em 2011, com taxas que os deixam entre os mais violentos do país. Só a RMC (que representa 13,4% da população paranaense) registrou 27,8% dos homicídios ocorridos no Paraná.
Para definir as estratégias para o combate à violência na RMC, teve início, ontem, uma série de reuniões com oficiais da Polícia Militar e chefes da Polícia Civil. Outros órgãos e prefeituras também devem participar, apresentando soluções para os problemas urbanos e sociais.
