Ricardo Chab permanece preso em Piraquara

Os advogados de defesa do apresentador Ricardo Chab e do advogado Antônio Neiva de Macedo Filho correm contra o tempo para pedir a liberdade de seus clientes.

No final de semana o juiz de plantão da Central de Inquéritos negou o pedido, mas os advogados Haroldo Nater e Rafael Fabrício de Melo estão otimistas e acreditam que os dois presos, acusados de extorsão, possam ser soltos ainda hoje.

De acordo com Haroldo Nater, que defende Chab, horas depois da prisão dele, na sexta-feira, foi dado entrada na Justiça um pedido de relaxamento de prisão e liberdade provisória no Fórum de São José dos Pinhais – município onde ocorreu o flagrante. O pedido foi encaminhado à Central de Inquéritos, em Curitiba, uma vez que foi este órgão que autorizou as escutas telefônicas que culminaram nas prisões. No sábado, o juiz de plantão analisou e indeferiu o pedido, alegando que não conhecia o teor das acusações e as investigações, recomendando que o pedido fosse novamente apreciado pelo juiz Pedro Luís Sanson Corat. ?Amanhã (segunda-feira) Corat deve analisá-lo e ambos podem ganhar a liberdade provisória?, disse Haroldo.

Caso isso não aconteça, os advogados já anunciaram que irão entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça.

Tanto Melo quanto Nater não tiveram acesso ao inquérito policial nem às gravações das escutas telefônicas que revelaram as extorsões praticadas por seus clientes. Por isso, eles orientaram Macedo e Chab e se manterem em silêncio quanto às escutas durante os interrogatórios. Por não terem acesso ao conteúdo da denúncia, a primeira medida tomada pela defesa foi o pedido de liberdade dos acusados.

Cela comum e banho frio

A primeira noite do apresentador Ricardo Chab e do advogado Antônio Neiva de Macedo Filho no Centro de Triagem II, em Piraquara, foi em uma cela comum, sem luz e com água fria. Por conta disso, ontem a defesa entrou com pedido, na Central de Inquéritos, para a transferência deles para uma cela especial, uma vez que ambos têm curso superior. ?É uma violação ao princípio da dignidade e isso foi ordem do governador, pois as prisões foram de cunho político e não criminal?, afirmou o advogado de Chab, Haroldo Nater.

Chab e Macedo foram presos na sexta-feira acusados de extorsão. Eles passaram a noite em uma cela especial no Centro de Operações Policiais (Cope) e no sábado à tarde foram transferidos ao CT II. Ontem, o advogado de Macedo, Rafael Fabrício de Melo, do escritório de René Dotti, visitou seu cliente. ?Ele e Chab estão juntos, em uma cela comum. Hoje mesmo (domingo) eu e o Nater pediremos a transferência de nossos clientes?, disse Melo.

Segundo ele, todo o advogado têm direito a permanecer preso em um local chamado ?sala de Estado Maior?, que não existe nos presídios da Região Metropolitana. ?O único lugar que apresenta uma sala similar é o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Por isso vou pedir para que Macedo passe a noite de domingo em uma sala especial no CT II e que na segunda-feira seja imediatamente levado ao Cope?, disse Rafael.

No caso de Ricardo Chab, que é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná desde 1982, seu advogado pedirá a transferência para uma cela especial no próprio CT II.

Crime

Chab e Macedo foram presos na sexta-feira, em flagrante, por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. Macedo foi filmado apanhando R$ 35 mil do proprietário da empresa de segurança Centronic, nas dependência da Rádio Mais, de propriedade de Chab. O dinheiro seria parte do pagamento para que o apresentador não difamasse a empresa em seu programa de televisão. O vereador de Colombo, Onéias Ribeiro, também foi indiciado pelo crime.

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