O governador Roberto Requião recebeu ontem representantes da magistratura do Paraná, para discutir sobre a “Operação Mãos Limpas”, que tem o objetivo de impedir a corrupção e combater o crime organizado. O governador determinou que o comandante da Polícia Militar, coronel David Pancotti, e o delegado-geral da Polícia Civil, Adauto Abreu de Oliveira, sejam os representantes do governo estadual no detalhamento do trabalho.

Para que a operação tenha sucesso, o governador salientou que vai manter firme seu trabalho de moralização da Polícia Civil. Segundo ele, só com a moralização dos órgãos é que a população dará credibilidade a uma operação dessa envergadura. A “Operação Mãos Limpas” é uma ação integrada entre a Polícia Militar, Polícia Civil, Ouvidoria, Secretaria da Justiça e a magistratura do Paraná. No encontro com o governador estiveram presentes o presidente da Associação dos Magistrados do Paraná, juiz Roberto Portugal Bacellar, e o desembargador Octávio Valeixo.

No relato apresentado por Bacellar, o quadro de criminalidade do Paraná ainda não é tão grave como os verificados nos demais estados. “Mas a Operação Mãos Limpas é justamente para evitar que o crime organizado e a corrupção atinjam níveis incontroláveis como acontece no Rio de Janeiro e Espírito Santo”, disse o juiz. Segundo Bacellar, a região da tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, deve merecer atenção especial da operação, por tratar-se de uma área que representa a “porta” para o crime organizado e corrupção.

Segundo o coronel Pancotti, os órgãos do governo do Estado também vão apresentar seu diagnóstico sobre o crime no Paraná. Ele defende a integração plena entre a polícia e a magistratura.

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