Foto: João Muniz |
Em um ano, a polícia apreendeu 23 cargas de madeira. |
Aos poucos, a reserva florestal localizada no Assentamento Celso Furtado, no município de Quedas do Iguaçu, região oeste do Estado, está diminuindo. Em pouco mais de um ano, as polícias Militar e Civil já apreenderam 23 caminhões carregados com madeira. O material é proveniente de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), onde existe uma reserva ambiental e a madeira não poderia estar sendo retirada.
No entanto, o MST nega envolvimento no crime e alega que existe um grupo de agricultores, dissidentes do movimento, que não foram assentados na área e que estariam agindo junto com donos de serrarias. Os assentados afirmam que já fizeram várias denúncias à Polícia Federal e ao IAP para que investiguem a ocorrência.
Segundo o juiz da Comarca de Quedas do Iguaçu, Anderson Ricardo Fogaça, os motoristas dos caminhões apreendidos estão respondendo processo por extração ilegal de madeira. Para este tipo de crime, é possível fazer uma transação penal, onde o processo é extinto desde que os acusados aceitem a pena alternativa imposta pela Justiça, que é a perda do caminhão e da madeira, além do pagamento de uma multa de cerca de R$ 10 mil. Como os acusados não aceitaram o acordo, o processo segue e está em fase de instrução.
No entanto, a pena alternativa só pôde ser aplicada para as pessoas que foram pegas transportando madeira ilegal até o mês de setembro de 2006. Depois disso, o crime passou a ser classificado como furto em propriedade privada e os autores passaram a ser presos em flagrante. Além disso, a competência para investigar e julgar os casos agora é de responsabilidade da Polícia Federal e Justiça Federal. Na semana passada, quatro pessoas foram presas na região porque estavam transportando madeira sem documentação. Mas, segundo informações da delegacia local, os acusados já foram soltos e vão responder o processo em liberdade.