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O Ministério Público está investigando o nome do funcionário da prefeitura de Curitiba que dava baixa em dívidas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) mediante pagamento de propina. O caso foi confirmado pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC) que prendeu, na última terça-feira, o relojoeiro Celino Grigoli, que providenciava baixa nos débitos de IPTU para pessoas que pagassem determinada soma de dinheiro. Depois disso, era emitida a certidão negativa, sem que o contribuinte quitasse a dívida com a Prefeitura. Para isso, Grigoli contava com o apoio de funcionários municipais.

De acordo com a promotora Cláudia Rodrigues Martins, responsável pelas investigações, a PIC recebeu a denúncia da Procuradoria Geral do Município (PGM) na semana passada. "A procuradoria pediu nosso auxílio porque precisava de uma ação rápida", explicou a promotora.

Grigoli foi preso em flagrante em sua relojoaria localizada no Terminal do Guadalupe, centro de Curitiba. O contribuinte que fez a denúncia foi até a relojoaria pagar os R$ 50,00 de sinal para que Grigoli desse baixa na dívida de R$ 1.200,00 que o denunciante tinha na Prefeitura. No momento que o relojoeiro recebia o dinheiro para efetuar a transação, ele foi preso.

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De acordo com a promotora, o relojoeiro cobrava de 10 a 20% do valor da dívida para realizar a fraude. Ontem, Grigoli foi ouvido pela Polícia Civil, que está investigando quem eram os possíveis cúmplices do relojoeiro dentro da Prefeitura. "O fato de que existia alguém dentro da Prefeitura fraudando o sistema já está comprovado. O próprio relojoeiro que foi detido deu o nome de seu cúmplice e isto está sendo apurado", afirma Cláudia.

O que a PIC ainda não sabe informar é há quanto tempo o golpe vinha sendo aplicado nem quantas pessoas utilizaram o sistema. Só depois destas averiguações será possível saber o tamanho do prejuízo causado aos cofres municipais. De acordo com a Prefeitura, no dia 4 de julho, o secretário municipal de Finanças, Luiz Eduardo Sebastiani, recebeu em seu gabinete um cidadão denunciando o procedimento do relojoeiro. No mesmo dia, comunicou o procurador Geral do Município, Ivan Bonilha, que instaurou processo administrativo na Comissão Permanente de Sindicância da PGM. Após ouvir o denunciante, a PGM comunicou o fato à PIC e pediu apoio para fazer o flagrante.

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