Região do Largo da Ordem vira “mocó” de crack

Foi-se o tempo em que o Largo da Ordem e proximidades eram tranquilos para lazer. Ruas próximas de um dos principais pontos turísticos de Curitiba, e que traz a mais tradicional feira de artesanato, aos domingos, viraram verdadeiros “mocós” de usuários de drogas ou desocupados. Quem sai perdendo são os comerciantes, moradores e pedestres que costumam passar pela região.

O problema pode ser comprovado na Rua Mateus Leme, entre as ruas Paula Gomes e Treze de Maio. Ali não é difícil encontrar usuários de drogas (principalmente de crack) em pleno dia. Os comerciantes reclamam muito pois, com a presença deles, quem some são os clientes. “Meu movimento caiu muito, pois as pessoas têm medo de passar nesse trecho. Tenho comércio há 13 anos, mas nunca vi uma situação tão crítica como essa”, contou a proprietária de um restaurante na Mateus Leme, Ivete Furlan.

Sem assalto

Não há o problema de assaltos, mas o afastamento da clientela é o que mais preocupa. Outra comerciante que tem lanchonete na rua, mais próxima à Treze de Maio, Selma Reis, recorda o tempo em que os ônibus turísticos paravam bem ali, nestas ruas afetadas pela presença dos drogados. “O ônibus nem para mais aqui, ele vai direto para o meio do Largo da Ordem. Assim o movimento da minha lanchonete caiu ainda mais”, reclamou Selma. Alguns usuários entram nos estabelecimentos, usam os banheiros e até praticam atos de vandalismo. “Já cansei de arrumar o trinco do meu banheiro”.

Outra comerciante que preferiu não se identificar (ela trabalha em um brechó na Mateus Leme) disse que a loja já sofreu pequenos furtos, provavelmente em função das drogas. “Tem cliente que ainda se arrisca a passar por aqui, mas não traz nem bolsa. Se continuar assim, vamos ter que fechar a loja”, afirmou a comerciante. Uma moradora da Rua Mateus Leme disse que teve que chamar a polícia em plena madrugada, porque havia um usuário de drogas gritando dentro de seu prédio.

Silêncio

Os comerciantes e moradores da região já telefonaram várias vezes para a Polícia Militar (PM) solicitando reforço policial para espantar os drogados. Eles também já elaboraram um abaixo-assinado, mas até agora não obtiveram resposta. A reportagem entrou em contato com a PM, mas não obteve retorno.

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