A queda de 8,96% no número de homicídios dolosos no Paraná nos primeiros nove meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, além da diminuição inédita de 3% nas estatísticas de mortes violentas no Estado, segundo o Ministério da Saúde, representa um estímulo para o policial civil, para a execução de ações de redução dos índices de criminalidade.

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De acordo com o delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto, a expectativa é de que os índices deverão cair drasticamente ainda mais com a reestruturação administrativa e com a recomposição do efetivo policial da Polícia Civil. No último mês, entraram em exercício 695 novos policiais. “O objetivo para Curitiba e Região Metropolitana é diminuirmos os índices, principalmente os crimes contra a vida. Para isso, nós designamos para as delegas da RMC todos os policiais que foram nos pedidos. São 85 policiais, cerca de dez novos policiais para cada delegacia”, afirma.

O relatório estatístico divulgado na última sexta-feira (28), pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), mostra também outras reduções, como os homicídios culposos de trânsito, que tiveram queda de 3,32%, e roubos consumados, de 7,08%. “Essa redução na criminalidade, que faz parte do compromisso do governo do Estado, dá ao policial, que se dedica mesmo com a pouca estrutura, uma confiança maior para trabalhar”, afirma Michelotto.

O delegado-geral da Polícia Civil revela que o órgão deverá produzir uma material de intervenção nas áreas de maior risco, onde as operações midiáticas já realizadas não surtiram o efeito esperado. Entretanto, ele ressalta a importância do envolvimento de toda a sociedade para que a paz volte a fazer parte do cotidiano dos paranaenses. “Nós não podemos dissociar essas operações de diminuição de crimes dos diálogos com as pessoas que moram nessas regiões, com professores, com comerciantes, em fim, todos têm que entrar nesse processo, para que nós possamos efetivamente atingir a redução da criminalidade”, conclui.

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Michelotto afirma ainda que a redução dos índices de crimes requer a implementação de uma série de fatores. Segundo ele, as operações de repressão podem ser apenas paliativas, caso não haja a efetivação de serviços básicos dos municípios. “Não adianta as polícias fazerem as operações e os órgãos públicos não intervirem com serviços de iluminação, de saneamento básico, ou até mesmo dar oportunidade de emprego às pessoas que ali moram. Ou seja, há todo um conjunto que fazem as ações de segurança serem realmente eficientes”, explica.

 

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