O volume de apreensões de mercadorias realizadas pela Receita Federal no Paraná cresceu 7,2% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os valores passaram de US$ 81,7 milhões nos primeiros sete meses de 2009 para US$ 87,6 milhões, de janeiro a julho deste ano. Em Foz do Iguaçu, na região oeste, o volume de apreensões cresceu 48% em julho deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado.
O item com o maior aumento em quantidade apreendida, no Paraná, foi a maconha: os fiscais da Receita encontraram 56,8% mais drogas deste tipo neste ano (cerca de 2,3 toneladas) do que no mesmo período do ano passado (1,4 tonelada). A maior queda foi verificada nas bebidas (-23,9%).
Produtos de informática, eletrônicos, brinquedos, bebidas, cigarros, veículos, armas e munições, além de drogas, estão entre as mercadorias apreendidas. A maior parte é encontrada em Foz, e também em Cascavel e Guaíra (no oeste), além de Londrina (norte).
Com exceção dos carros, que resultam em um volume em dólares maior por conta dos valores mais altos, em primeiro lugar este ano ficaram os cigarros, depois os brinquedos, e em terceiro lugar, os produtos de informática. Em 2009, cigarros, brinquedos e materiais de informática também lideraram.
Itens
Outros produtos que tiveram queda de apreensões neste ano foram os cigarros (-0,5%) e materiais de informática (-3,41%). Os itens que apresentaram aumento de apreensões foram eletrônicos (10,85%), brinquedos (11,73%) e veículos (10%).
O superintendente da Receita Federal do Paraná e Santa Catarina, Luiz Bernardi, diz que um aumento de 7,2% não surpreende, está dentro da média dos outros anos. No entanto, ele comentou que a queda no volume de produtos de informática e cigarros, por exemplo, é curioso.
“Talvez o aumento na atividade repressiva esteja inibindo os contrabandistas. Em relação aos cigarros, o ônus da perda é muito grande, então acredito que eles estão diminuindo a ação mesmo, já que geralmente usam caminhões ou carros”, disse Bernardi.
O superintendente lembrou que o trabalho integrado entre todos os órgãos (polícias rodoviárias, polícia federal e polícia militar) contribui para os números positivos. Ele afirmou, ainda, que os valores podem ser ainda maiores (em média, três vezes mais), já que o valor praticado no varejo é superior.
Segundo ele, há vários fatores que levam ao contrabando, além do lucro. “O crescimento econômico, que fez aumentar o poder aquisitivo das pessoas e, também contribuiu. Com isso, a procura por esses produtos também aumenta”, analisa.
Auditorias
O volume resultante das auditorias fiscais realizadas pela Receita Federal no Paraná também aumentou nos primeiros sete meses deste ano. Segundo Bernardi, um total de R$ 1,3 bilhão foi o resultado das auditorias deste ano no Paraná. No mesmo período do ano passado, o total chegou a R$ 1,1 bilhão. O aumento verificado é de 18%.