Rebelião no presídio: tudo não passou de simulação

Os agentes penitenciários Eleilson Pimpão e Marcos Garcia passaram por momentos de tensão na manhã de ontem, dentro da Penitenciária Estadual de Piraquara. Eles foram feitos reféns por dois presos, enquanto faziam a transferência de detentos. A situação, que poderia ser real, não passou de uma simulação realizada dentro da unidade prisional com o objetivo de colocar em prática táticas de ação no controle de rebeliões.

A simulação foi realizada pela Companhia de Choque da Polícia Militar e pelo Departamento Penitenciário da Secretaria de Estado da Justiça. Esse foi o primeiro trabalho desse tipo realizado dentro de uma penitenciária do Paraná. De acordo com o secretário de Justiça, Aldo Parzianello, o objetivo do trabalho foi alcançado na medida que todas as situações foram controladas dentro da maior tranqüilidade. “Apenas o chefe de segurança e diretor da unidade sabiam da simulação. Os demais funcionários não tinham idéia do que estava ocorrendo e agiram como se a situação fosse real”, comentou. Na hora da simulação estavam no prédio cerca de 150 dos 310 funcionários que trabalham no local.

Avaliação

O comandante da operação, major Carlos Alexandre Scheremeta disse que esse exercício serve para avaliar o comportamento da tropa em situações de risco, assim como, para conhecer melhor o funcionamento da casa prisional. Ele disse que a situação, mesmo sendo uma simulação, apresenta risco, já que havia uma tensão instalada no local. “Mas tudo saiu dentro do previsto e agora vamos fazer um trabalho de análise para melhorar ainda mais a operação”, disse. Todo o treinamento foi gravado para servir de base para a avaliação.

A PEP abriga hoje 528 presos. Durante a simulação foram empregados 120 homens da tropa de choque e mais 50 policiais da guarda. Foram utilizados ainda cães adestrados, bombas de efeito moral e munição de borracha.

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