A operação denominada ?Marido Bom?, realizada em conjunto por policiais civis, militares, Corpo de Bombeiros e órgãos da Prefeitura Municipal de Curitiba, fechou a conhecida como ?Boca do Lixo?, no centro da cidade, ontem à tarde. Durante a operação – que durou três horas – foram detidas três pessoas, apreendidas três máquinas de caça-níqueis, fechados três hotéis e cinco bares. ?A operação foi batizada com este nome porque os homens freqüentam estes locais durante o dia e depois voltam para casa para incomodar suas mulheres?, ironizou o delegado Clóvis Galvão, coordenador da Polícia Civil da Ação Integrada Urbana.
Galvão disse que ontem foram vistoriados estabelecimentos das ruas Saldanha Marinho, Ermelindo de Leão e Augusto Stelffeld. O local foi escolhido devido as inúmeras denúncias de tráfico de drogas, prostituição e perturbação do sossego, que tanto a Polícia Civil como a Militar recebem diariamente. ?O objetivo é fiscalizar o comerciante honesto e retirar os que estão trabalhando ilegalmente?, salientou. ?O problema é que há locais que têm alvará para funcionar um tipo de estabelecimento e o proprietário acaba agregando outros?, emendou o tenente Olavo Vianei, que coordenou os policiais militares. Ele exemplificou que foi fechada uma banca do jogo do bicho, onde havia também duas máquinas de caça-níqueis, sendo que o alvará era para um bar. Também um restaurante, na Rua Saldanha Marinho, estava sendo utilizado como ponto de prostituição. ?A única coisa que não vendiam ali era comida?, ironizou Vianei. Galvão relatou que a proprietária do restaurante foi detida por aliciamento de menores. ?A sobrinha dela, de 17 anos, estava no local junto com quatro prostitutas. O local era usado para ajustar preços e combinar o programa?, comentou o delegado.
Um outro proprietário de bar também mantinha uma máquina de caça-níqueis e ainda estava com a documentação do estabelecimento irregular. Os hotéis, de acordo com o delegado, foram fechados porque possuem autorização para funcionar como hotéis, mas atuam como motéis.
Galvão salientou que estas operações são realizadas um vez por semana em Curitiba e duas vezes na semana na Região Metropolitana. ?É a segurança pública aproveitando o poder municipal. É o município que tem a competência para fornecer o alvará de funcionamento?, explicou o delegado.