Familiares de Dário Marinho Neto, 31 anos, procuraram a Tribuna para esclarecer que o rapaz não era foragido da Colônia Penal Agrícola, como foi divulgado na segunda-feira. O corpo dele foi encontrado enterrado na Chácara Graciosa, na Planta Karla, em Pinhais, no último sábado.
O pai da vítima, Mariano Tadeu Marinho, contou que o filho era viciado em drogas e esteve preso por furto. "Ele furtou uma bolsa, ficou preso seis meses, e foi condenado a dois anos e meio de serviços comunitários", contou Mariano. Ele disse que esta foi a única passagem de Dário pela polícia. "Ele foi mais uma vítima da droga", lamentou.
Mariano revelou ainda que, no início do mês de março passado, seu filho conheceu Dilson Luís Carmers, o "Jacaré", 43, que foi preso sob acusação de ter mandado matar Dário. De acordo com Mariano, Dilson esteve em sua casa no Jardim Botânico e propôs que Dário fosse morar na chácara com ele. "Eu expliquei que meu filho furtava objetos para comprar drogas e que eu não me responsabilizaria se isto ocorresse", contou o pai."Meu filho era viciado, mas não merecia este final. Era uma boa pessoa."
No dia 16 de março, Dilson telefonou para Mariano e acusou Dário de ter furtado o motor de uma motoneta. "Falei para ele entregar meu filho para a polícia", disse. Em 22 de março, Dilson fez nova ligação para a família da vítima, avisando que o rapaz havia furtado três perus e estuprado duas mulheres. Depois, informou que Dário havia fugido da chácara. "Meu filho já estava morto. Foram vários tiros, mais de 40 facadas e uma machadada na cabeça", disse Mariano.
No mesmo dia em que o cadáver foi encontrado, Dilson foi preso em flagrante e dois garotos foram aprendidos.