Alberto Mlnechulky / Tribuna |
Agnaldo estava morto em um matagal. |
Quando foi seqüestrado, às 14h de sexta-feira, Agnaldo estava acompanhado de seu irmão Jean Roberto Vieira, 25 anos, que presenciou a cena e avisou a Polícia Militar. De acordo com Jean, os dois estavam no bar, quando encostou um Gol de cor cinza, ocupado por três homens. Um deles, identificado como Sandro, desembarcou e abordou os irmãos. “O Agnaldo ainda tentou me proteger e mandou que eu corresse, mas ele não teve para onde escapar”, relatou o irmão. Ele viu quando Agnaldo foi forçado a embarcar no veículo, que deixou o local em alta velocidade.
Depois de avisar a PM, os parentes do adolescente procuraram o 11.º Distrito (CIC) e depois o Grupo Tigre da Polícia Civil. Jean não soube explicar o motivo do seqüestro. “Dinheiro não é, porque a gente não tem. Somos pobres”, desabafou.
Bilhete
O dono de um mercado da Vila Sabará foi o “mensageiro” da má notícia à família de Agnaldo. No início da noite de sábado, ele recebeu em seu estabelecimento um bilhete, indicando o local onde o jovem seria encontrado. O homem levou a mensagem aos familiares da vítima, que em seguida foram até o lugar, acompanhados pela polícia. No meio de um matagal, na Estrada da Barragem, em Araucária, o corpo de Agnaldo foi localizado com várias perfurações de bala.
De acordo com o boletim de ocorrência da Delegacia de Homicídios, os suspeitos de ter matado o adolescente estão identificados apenas como Sandro e César. As informações estão sendo investigadas, para resolver o caso.