Um rapaz foi queimado vivo, imobilizado com pneus, no início da noite de ontem, no Butiatuvinha. O corpo estava em um barranco entre a chácara da Apae e o Contorno Norte, totalmente carbonizado, o que impossibilitou sua identificação. Ele foi descoberto por um aluno da instituição que estava próximo a um dos portões da chácara e percebeu a “fogueira”, por volta das 18h30.
O aluno, com dificuldades na fala e na audição, disse ao cabo Pinheiro e ao soldado Gilson Luiz, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, ter visto uma pessoa se embrenhar no mato próximo de onde estava o corpo. “Conseguimos nos comunicar com ele com a ajuda de uma professora da Apae, mas o garoto não soube informar características do suspeito”, comentou Gilson. Mesmo assim, a polícia fez uma busca nas imediações, mas não localizou ninguém.
Execução
Os bombeiros foram chamados pela professora e chegaram a tempo apenas de apagar as últimas chamas. Pela posição da vítima, acredita-se que ela estivesse ajoelhada e com pneus ao redor do corpo, inclusive do pescoço, conforme indicavam alguns arames. A principal hipótese é que ele tenha sido “vestido” com pneus e, assim, impedido de se mexer. Não foi encontrado sinal de mordaça, embora ninguém tenha ouvido gritos. Com o rapaz imobilizado, o assassino teria derramado gasolina e ateado fogo nos pneus.
O corpo foi encaminhado ao IML, onde se tentará descobrir as circunstâncias do assassinato, bem como o nome da vítima. Com sua identificação, investigadores da Delegacia de Homicídios poderão dar início aos trabalhos para desvendar o crime.