Em apoio às famílias dos jovens que foram baleados em frente a um bar, na madrugada do último domingo, a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) está enviando comunicados e e-mails a todos os estabelecimentos, sugerindo que seja proibida a entrada do metalúrgico Leandro Machado Mota, 20 anos, que confessou ser o autor dos disparos que tiraram a vida da estudante universitária Alexandra Bernardi, 24 anos, e feriram Samuel Ferreira da Silva, 25, e Sílvia Renata dos Santos, 19.

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O diretor da Abrapar, Fábio Aguayo, disse que já sugeriu um projeto de lei na Câmara Municipal, obrigando os estabelecimentos a cadastrarem seus clientes. "Isto já acontece no Rio de Janeiro. Se estivesse em vigor em Curitiba, este rapaz poderia ter sido preso em flagrante, pois o estabelecimento poderia ajudar a polícia", comentou.

Medidas

Fábio acredita que proibir a entrada de Leandro em bares, evitaria uma nova tragédia. "Prestamos solidariedade aos proprietários do estabelecimento pela fatalidade e principalmente à família da vítima. O mais repugnante é que ele irá responder em liberdade, por ser réu primário. Portanto poderá freqüentar bares e casas noturnas e incentivar os demais a praticarem a mesma crueldade. Por simples impunidade e conivência da Justiça", acrescentou.

O delegado Adonai Armstrong, titular da Delegacia de Homicídios, explicou que o procedimento adotado no caso é o que está de acordo com a lei. "Não podemos autuar em flagrante a pessoa que se apresenta espontaneamente para confessar o crime. Além do mais, a arma ter a numeração lixada não é um indicativo para a prisão, pois ele a entregou", salientou o delegado.

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Tiros no bar

 As vítimas e Leandro estavam no Bar Bangaloo, na esquina da Avenida Marechal Deodoro com a Rua General Carneiro, onde várias pessoas comemoravam um aniversário. Três convidados se desentenderam com o restante do grupo. Para evitar brigas, o trio foi retirado do bar pelos seguranças e esperou do lado de fora. Quando o grupo estava reunido em frente ao estabelecimento, Leandro apontou a arma, fechou os olhos e descarregou o revólver calibre 38, segundo seu relato à polícia. Um dos tiros acertou a cabeça de Alexandra, que morreu no local. A jovem iria se formar em Assistência Social, pela Pontifícia Universidade Católica, daqui há dois meses e, segundo seus colegas de sala, era uma das melhores alunas da turma. 

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