Diego Soares Sobreira, 21 anos, morto no Tatuquara no final da tarde de domingo depois de ser apontado como suspeito de outro homicídio ocorrido no bairro pela manhã, tinha um álibi. Durante o horário do crime, ele estava com a namorada.
A equipe da Delegacia de Homicídios investiga se ele foi morto por engano. Maicon de Oliveira, 28 anos, andava pela Rua Cristóvão Colombo, no Umbará, às 11h30, e teria chamado um homem que passava pela rua de “noiado”.
O rapaz teria respondido “eu não sou noiado”, sacou uma arma, disparou contra Maicon e fugiu. Este rapaz seria conhecido como “Dieguinho”. Maicon foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde morreu horas depois.
O rapaz já havia sofrido um atentado em 26 de novembro do ano passado, quando foi esfaqueado pelo próprio sogro. Antes disso ele integrava uma das gangues do bairro São Braz. Maicon estava desempregado, era viciado em drogas e tinha pouco contato com a família. O único parente que não desistiu de ajudá-lo foi um tio.
Em depoimento, o tio declarou ao delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, que arranjou a televisão que Maicon tanto pediu para dá-lo, e esteve na residência do rapaz durante a manhã para entregá-la, mas não encontrou ninguém. À noite ele recebeu a notícia do homicídio. Recalcatti agora procura pelo verdadeiro “Dieguinho” e pelos amigos de Maicon, que teriam matado o homem errado para vingar sua morte.