Quatro indivíduos invadiram uma residência na Vila Dom Pedro II, em Campo Largo, e balearam o auxiliar de produção Adélio Machado Fagundes Júnior, 27 anos, por volta das 20h30 de terça-feira.
O rapaz foi levado por familiares ao Hospital Evangélico, porém morreu no início da madrugada. No caminho até o pronto-socorro, os parentes da vítima encontraram o carro usado pelos matadores, um Kadett, encostado próximo ao posto da Polícia Estadual (PRE).
Eles alertaram os policiais sobre o que estava acontecendo e eles abordaram os ocupantes do Kadett. No automóvel foi localizado um revólver calibre 38, uma pistola ponto 40, uma facão e uma faca, além de munição.
Na abordagem, um dos integrantes conseguiu escapar. Os demais foram presos e encaminhados à delegacia de Campo Largo, onde foi lavrado o flagrante por homicídio.
Durante o interrogatório, eles se identificaram como Márcio Cardoso Mariano, 26; Vicente Nogueira, 43, e Eduardo César Antônio, 20. Segundo o escrivão Eliel, os nomes podem ser falsos. Caso esta suspeita seja confirmada. o trio deverá responder também por falsidade ideológica.
Crime
Os indivíduos entraram na casa, na Rua Araucária, e perguntaram a Adélio onde estava o “Berninho”, um morador da região. Adélio disse que não sabia e foi baleado por um dos homens. “Ele morreu só porque não tinha a informação que eles queriam. Acharam que ele estava mentindo”, disse o irmão da vítima, Odenil.
Uma das pessoas que estava na casa carregava no colo um bebê. Quando os invasores chegaram, ele se deitou no chão e cobriu a criança com seu corpo, para evitar que fosse morta pelos atiradores.
Após os disparos, os indivíduos entraram no Kadett placa BMD-2631 e fugiram. Um deles, de acordo com a polícia, estaria com uma moto Honda 125, da cor verde. A vítima levou vários tiros, dentre eles um no peito e outro no braço.
De acordo com a polícia, o homem que os matadores procuravam – “Berninho” -, identificado como Gilson dos Santos, foi agredido e esfaqueado na última sexta-feira e deixou o hospital anteontem. A suspeita é de que os presos foram os mesmos que atacaram o sujeito na semana passada e voltaram à vila
para executá-lo.