Ao sair de casa para telefonar para seu irmão, Diego Oliveira Fernandes, 18 anos, foi executado com um tiro na cabeça, às 18h30 de ontem, na Rua Tildo Pulido, Jardim Acrópole, no Cajuru. O crime ocorreu em cima da ponte que divide os municípios de Pinhais e Curitiba.
O soldado Jessé, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu à ocorrência junto com o soldado Nélio, disse que moradores não deram detalhes do que aconteceu. “Ninguém dá informações para nós”, queixou-se.
O irmão de Diego, Vanderlei Aparecido Dutra Fernandes, contou que ele não era usuário de drogas e não estava sendo ameaçado. “Ele trabalhava em um mercado. Era um bom garoto e não se metia em confusão”, ressaltou.
Um amiga de Diego disse que o jovem não costumava revelar detalhes de sua vida nem dar satisfações do que fazia. “Hoje (ontem) nós íamos na danceteria em Pinhais. ele só falou para eu ficar pronta que ele já voltava, mas não voltou. Um menino foi me avisar que ele estava morto”, disse a garota.
Segurança
Ingrid Souza, que também era amiga de Diego, reclamou da falta de segurança no bairro. “Há 15 dias mataram meu marido a pedradas. Ninguém sabe o que aconteceu. Falta policiamento aqui. Não agüentamos mais tantas mortes. Os autores continuam soltos e nós, trabalhadores, não temos segurança nem para sair para trabalhar”, comentou a mulher.
