Um cadáver e uma carta no bolso da vítima, com ameaças, menções ao tráfico de drogas e a cobrança de uma dívida de R$ 4 mil. Isso é o que a polícia tinha sobre um homicídio ocorrido em Pinhais, na noite de sexta-feira. O crime ocorreu por volta das 19h40 na esquina das Ruas Renascença e Alto Paraná, no Jardim Pedro Demeterco. A vítima só foi identificada por familiares na manhã de ontem, no necrotério do Instituto Médico Legal. Trata-se de Jefferson Lopes de Lima, 28 anos.
O soldado Andrezer, do 17.º Batalhão da PM, apurou que moradores próximos ouviram sete estampidos de tiros. No entanto, a perita Clarice Kravetz, do Instituto de Criminalística, contou mais de 10 perfurações de tiros no corpo do rapaz. Ela concluiu que, depois que o jovem caiu no chão com os tiros que levou nas costas – que já eram suficientes para matá-lo -, o assassino ainda lhe deu mais tiros na cabeça. Os disparos foram muito próximos da cabeça, o que fez os projéteis perfurarem o crânio da vítima e ficarem semi-enterrados no chão.
Ao redor do corpo ainda foram encontradas cápsulas calibre 380. Logo após os disparos, apurou o investigador Melo, da Delegacia de Pinhais, pessoas viram um homem vestido de branco saindo apressado de bicicleta das proximidades da esquina.
Ameaças
Antes de divulgar o conteúdo da carta encontrada no bolso da vítima, o investigador Melo preferiu levá-la à delegacia, para ler e analisá-la com calma. “Sequer temos certeza se a carta pertence à vítima”, alegou o policial. Mesmo assim, Melo resumiu que na mensagem haviam ameaças, além de falar em drogas e em uma suposta dívida em dinheiro. Contudo, a polícia só conseguirá fazer relações do homicídio com a carta depois que familiares da vítima comparecerem à Delegacia de Homicídios para prestar depoimento. No momento do crime, Jefferson não portava documentos e não foi reconhecido por nenhum dos curiosos que passaram pelo local do crime.
