Adolescente estava de bicicleta quando os assassinos o atacaram. |
Ainda estava claro, mas ninguém quis contar o que viu, além do corpo do adolescente assassinado a tiros, na Rua Herbert Trapp, esquina com a São José, Guarituba, em Piraquara. O crime aconteceu às 19h25 de ontem, em frente a uma farmácia e um bar, mas os freqüentadores deste último disseram ter ouvido apenas os estampidos. Sem documentos ou familiares que o identificassem, o garoto foi levado ao IML. A polícia aguarda a identificação oficial para dar início às investigações.
O garoto é moreno-claro, de cabelos pretos e aparentava não ter mais de 17 anos. Estava vestido com uma bermuda cinza, com detalhes em bege, uma camiseta escolar azul, na qual estava escrito Dom Orione – Curitiba, e usava tênis e meias pretos. No dedo anular, ele tinha uma aliança e no braço direito, uma tatuagem tribal. Apenas uma mulher reconheceu o jovem como “Pedrinho”, mas os demais curiosos que se aglomeraram em volta do corpo disseram nunca tê-lo visto no bairro.
Tiros
Os soldados Rodrigo e Alves, do 17.º BPM, atenderam a ocorrência, mas não conseguiram colher informações que esclarecessem o crime. O adolescente estava andando em uma bicicleta verde, quando foi atacado. “Não sabemos se foi um ou mais indivíduos que o mataram, nem se o assassino estava a pé ou de carro”, comentou o policial. Algumas pessoas disseram ter ouvido cerca de cinco tiros, mas nenhuma delas quis dizer se escutou barulho de algum veículo, o que poderia dar uma pista à polícia. O Siate foi chamado, mas os socorristas nada puderam fazer para salvar a vida do garoto. Durante o atendimento, eles contaram cinco ferimentos, dois do lado direito do peito da vítima. Uma das balas ficou no asfalto, a cerca de 3m do corpo.
O único assunto comentado pelos moradores era a falta de segurança naquela região. “Aqui é terra de bang-bang. Se você vê alguma coisa, pode ser perigoso”, denunciou um dos curiosos, que disse ter atravessado várias quadras para ver o que acontecera. Junto com ele, outras pessoas pediam mais policiamento. “Não se tem segurança nem para ir à missa”, reclamou um dos freqüentadores do bar, em frente ao local onde o garoto foi morto. A farmácia fechou as portas, depois dos tiros.