Cenas de barbárie ocorreram na 9.ª Subdivisão de Polícia Civil de Maringá, no Norte do Estado. Um adolescente de 16 anos foi torturado por outros presos na noite quarta-feira (25), na própria cela. Segundo Josué Batista Nunes, carcereiro, seis rapazes o agrediram com socos e chutes e, inclusive, o queimaram com cigarro.
O carcereiro contou que desconfiou do silêncio, já que os agressores seguravam o adolescente para que ele não gritasse. Por volta de 22h, resolveu verificar as celas e se deparou com o rapaz caído no chão. Nunes acredita que a sessão de tortura já se estendia por cerca de quatro horas, até ser flagrada.
Segundo o carcereiro, não houve nenhuma razão aparente para o episódio, e esta não é primeira vez que isso acontece. “Esses rapazes são reincidentes nesse tipo de agressão. Não é o primeiro que eles agridem dessa mesma maneira”, afirmou. Segundo ele, os presos começam humilhando outros rapazes, forçando-os a trabalhar, até chegarem ao espancamento.
A Polícia Civil fez um relatório sobre o caso e encaminhou à Promotoria da Infância e da Juventude, que deve decidir o futuro dos agressores. O adolescente espancado havia sido preso no município de Paiçandu, onde teria participado de um assalto a uma mulher.