Rapaz crivado de balas no Uberaba

Na rua de chão batido cerca de 15 cápsulas de pistolas mostravam a violência com que Altamir Chagas, 18 anos, foi assassinado. O rapaz voltava para casa de bicicleta, no final da Rua Principal da invasão Icaraí, Uberaba, quando matadores o atacaram, às 21h45 de terça-feira. O crime ocorreu a menos de dois metros de outras moradias, mas mesmo assim ninguém soube dar informações consistentes à polícia.

Pouco antes, Altamir tinha saído da residência de sua ex-amásia, no Centenário, e seguia em direção a sua moradia, construída ao lado da de sua mãe. Seu caminho foi interrompido por vários tiros dados por pelo menos duas pessoas. “Tinham programado matá-lo”, comentou o aspirante Serbena, do Regimento de Polícia Montada, RPMont. Pelas cápsulas que caíram próximas ao corpo, as armas utilizadas eram pistolas calibres 380, .40, 9mm e 7.65.

Família

Os estampidos foram ouvidos pela mãe da vítima, Lídia Chagas, 60 anos, que mexia a polenta da janta naquela hora. Segundo ela, o filho não tinha envolvimento com drogas e a única passagem pela polícia ocorreu quando ele ainda era menor de idade, por porte ilegal de arma.

A única briga que a mãe lembrou aconteceu há cerca de dois meses, quando Altamir foi defender a irmã que estava sendo espancada pelo companheiro dela. “O Vilmar quebrou o braço da minha filha e fez cortes na cabeça dela”, relatou. Os dois homens se agrediram e desde então o casal sumiu da invasão Icaraí.

Altamir teve duas mulheres e, com cada uma, um filho, conforme relatou Lídia. Ele fazia bicos para sobreviver e às vezes ajudava a mãe a catar papel. “Era ele que cuidava de mim, me ajudava a consertar a casa e outros serviços que precisava”, contou.

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