Ednei foi agredido e jogado
na água pelos matadores.

O esqueleto do prédio do Fórum Cível, abandonado há mais de 15 anos, virou lar para várias pessoas sem moradia. Dentro do “condomínio”, um grupo delas se desentendeu no início da madrugada de ontem – briga que, provavelmente, originou a morte de Ednei da Silva, 21 anos, espancado e encontrado num poça d?água, bem ao lado do edifício, na Rua Jacy Loureiro de Campos, Centro Cívico, às 9h de ontem.

Ednei tinha escoriações no rosto e no pescoço, além de uma marca na testa, provocada, segundo o perito criminal Victorio Librelon, por um porrete, cano ou objeto similar. “Há sinais de que houve luta corporal”, acrescentou o perito. O corpo não foi jogado do alto da edificação, de acordo com Librelon.

A vítima costumava freqüentar o prédio, segundo Rafael Anderson, 32, uma das pessoas que vivem lá. Rafael conta que chegou na construção à 0h45 de ontem, depois de assistir a vitória da Seleção Brasileira sobre a da Argentina, na rodoferroviária. “Tinha umas três pessoas brigando no quartinho do primeiro andar, falando alto. Mas não deu para ver quem era”, contou. Como ele “mora” no 11.º andar, não ouviu mais nada durante a madrugada.

Ednei foi identificado através da carteira de trabalho e de um boletim do ocorrência registrado em 24 de maio, no 8.º Distrito Policial (Portão), no qual dá queixa de extravio de documentos.

A autoria e razão do assassinato são desconhecidas. “Algumas pessoas estariam bebendo e consumindo droga no prédio. Possivelmente autores e vítima estavam sob essa situação”, acredita o soldado Campos, do 12.º Batalhão da Polícia Militar.

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