Ousadia marcou o assassinato de Igor David Bram, 19 anos, na noite de quarta-feira. Ele havia sido baleado perto de sua casa, no Pinheirinho, e, quando recebia atendimento na Unidade de Saúde 24 Horas do Sítio Cercado, os marginais o encontraram e o mataram, na frente de médicos e socorristas.
O médico Matheus Chomatas, diretor do Serviço de Urgência e Emergência de Curitiba, contou o relato dos funcionários. Tanto Chomatas como a Delegacia de Homicídios afirmaram que esse foi o primeiro caso a ocorrer numa unidade de emergência da Prefeitura.
Por volta das 23h, Igor chegou à unidade ferido na barriga, mas consciente. Ele teria dito aos médicos que foi baleado por um ladrão que tentou roubar-lhe a motocicleta. Igor correu até sua casa e a família o levou à US. Após o atendimento inicial, os médicos e enfermeiros da unidade acharam por bem encaminhá-lo a um pronto-socorro e chamaram uma ambulância do Samu.
Ataque
O rapaz foi andando até a porta da US. Quando deitava na maca para ser colocado na ambulância, indivíduos armados chegaram e mandaram que a equipe médica se afastasse. Em seguida, sacaram armas e atiraram em Igor. Ninguém além do jovem foi atingido pelos tiros.
Apenas uma funcionária feriu-se levemente com estilhaços de vidro, do disparo que atingiu a porta da frente da unidade. Igor conseguiu levantar-se da maca e correr até a ala pediátrica, onde caiu. Ele foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde já chegou morto.
Testemunhas disseram ter ouvido de seis a 10 tiros e que mais de duas pessoas atiraram em Igor na frente da US. A unidade não tem câmeras de segurança. Suspeita-se que pelo menos mais dois estivessem na esquina, próximo do terminal de ônibus do Sítio Cercado. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios.
