Rapaz assassinado dentro de carro em Araucária

Depois de sair de carro, na noite de terça-feira, sem dizer aonde ia, o jovem Fernando Aparecido dos Santos, 19 anos, morador no Jardim Condor, em Araucária, rodou por diversos quilômetros e não voltou mais para casa.

Na manhã de ontem, ele apareceu morto no interior do veículo, no banco do motorista, atingido por cinco tiros e com a porta do passageiro aberta.

O crime aconteceu em um local afastado, em frente a um galpão desativado, ao lado da Estrada Velha do Taquarova, Colônia Cristina.

A polícia já trabalha com algumas linhas de investigação, porém são poucos os indícios que apontam a motivação do assassinato.

Por volta das 20h30 de anteontem, Fernando pediu as chaves do carro do pai, um Gol preto, para dar uma volta.

O jovem tinha uma motocicleta, porém alegou que estava frio demais para usá-la. No início, o pai relutou, porém emprestou o veículo.

?Ele não disse aonde iria, nem com quem iria se encontrar, mas o certo é que rodou quase 100 quilômetros com o carro?, afirmou o delegado Rubens Recalcatti, da delegacia de Araucária.

Susto

Preocupado com o sumiço de Fernando, o pai foi registrar queixa do desaparecimento pela manhã. Foi quando descobriu que o filho havia sido assassinado. O corpo foi encontrado a cerca de dez quilômetros da casa da vítima.

O que chamou a atenção da polícia é que Fernando saiu rapidamente de casa, ainda de chinelos, embora achasse que estava frio para usar a moto. Recalcatti acredita que alguém tenha ligado para o jovem, pedindo para que o encontrasse. Porém o celular da vítima não foi encontrado. ?Possivelmente o motivo do crime é alguma bronca passada ou algo ilícito que pode ter ocorrido?, disse o delegado.

Investigações também apuraram que, em setembro do ano passado, houve um homicídio, no Jardim Califórnia, e as informações são que o alvo seria Fernando. Ele estava com um amigo, Moacir Aparecido Soqueto, quando um adolescente apareceu e atirou. ?A intenção era matar o Fernando, mas mataram o amigo?, afirmou Recalcatti.

Algo estava errado com o rapaz

Segundo apurado pelo delegado Rubens Recalcatti, Fernando aparentava bastante nervosismo nas duas últimas semanas, apesar de não ter comentado nada com a família.

De acordo com parentes, ele sempre foi um garoto muito alegre e expansivo, mas nos últimos dois meses andava retraído, recebendo muitos telefonemas. ?É um homicídio confuso, complexo e misterioso?, concluiu Recalcatti.

Fernando não tinha nenhuma passagem pela polícia. Recentemente, ele fez cursos para trabalhar como operador de empilhadeira e estava procurando emprego nesta área.

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