Na frente de todos

Rapaz acusa guardas municipais de agressão

Um corretor de imóveis afirma ter sido agredido por dois guardas municipais, por volta das 21h de sábado, no Juvevê. Acompanhado da mulher e de um amigo, Eduardo Zem, 23 anos, chegava de carro à casa da mãe, para deixar o filho, de um ano e 9 meses. Depois de suposta conversão proibida, ele parou o carro em cima da calçada, na frente do prédio, quando foi abordado por uma equipe da Guarda Municipal, que suspeitava que o carro era roubado.

Houve bate-boca e a Polícia Militar foi acionada pelo irmão da vítima. Eduardo, a mãe dele, a irmã e o amigo foram parar na delegacia. Todos foram algemados e ficaram horas no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul).

Marcas

Eduardo foi preso por desacato, resistência à prisão e direção perigosa. Os guardas ainda registraram no boletim de ocorrência alegando que ele dirigia sob efeito de álcool.

Com hematomas no pescoço e o braço inchado, Eduardo fez, no Instituto Médico-Legal, exame de corpo de delito. Depois, ele e a família formalizaram a denúncia na ouvidoria. A Guarda Municipal abriu sindicância para investigar o caso e afastou os dois guardas do trabalho externo.

A confusão aconteceu na frente de quase 200 pessoas que deixavam uma igreja na Rua Alberto Folloni. Muitas delas se prontificaram a testemunhar a favor de Eduardo e gravaram com celular a ação dos guardas, como informou Cristiane Zem, mãe de Eduardo, que também ficou algemada no Ciac ao lado dos filhos. “Minha filha está com caxumba, estava de cama, de pijama e resolveu descer do apartamento para ver o que estava acontecendo”.

BO

No boletim da Guarda Municipal, os guardas relataram ter visto o motorista de faróis apagados e dirigindo na contramão. Os dois boletins de ocorrência, da GM e do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), da PM, descrevem que Eduardo apresentava hálito etílico e se negou a realizar o bafômetro. “Eles pensavam que o carro era roubado, mas quando chamamos a Polícia Militar, eles mudaram de versão. Primeiro disseram que meu filho estava fazendo racha, depois que dirigia com as luzes apagadas e por último deram essa versão da embriaguez”, relata Cristiane.

No Facebook, Eduardo diz que desceu do carro para interfonar e foi abordado violentamente. A confusão começou quando a esposa dele foi retirar o filho do carro. “O guarda de nome Christian começou a me xingar de animal e abriu a porta do carro onde meu filho estava sentado e apontou a arma na direção da cabeça dele. Então me desesperei e comecei a discutir com os guardas que por sua vez começaram a me bater”, conta.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna