Quinteto mata comerciante na Vila Zumbi

Em plena luz do dia, cinco homens executaram o comerciante Claudemir Gomes de Góes, 33 anos, também conhecido como “Cláudio”, e balearam sua mulher Sandra Márcia Baião de Góes, 23. A fuzilaria ocorreu por volta das 13h40 de ontem, na Loja Paulista, de propriedade do casal, na Rua 33 esquina com a Avenida do Trabalhador, na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo. Foram efetuados mais de 20 disparos dentro do pequeno estabelecimento, de aproximadamente nove metros quadrados. Com cerca de quinze tiros, Claudemir tombou morto em cima de uma banca de roupas. Sandra foi ferida por três dos disparos. Mesmo assim conseguiu deixar a loja e pedir socorro na casa de parentes. Eles acionaram a polícia e encaminharam a mulher ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

Ameaças

O pai de Claudemir, Pedro Gomes de Góes, informou que na noite de terça-feira o comerciante recebeu um telefonema ameaçando-o de morte. Do outro lado da linha, falava um morador da Vila Liberdade, onde provavelmente residem os cinco matadores. “Há muito tempo meu filho esteve preso por roubo na Delegacia de Furtos e Roubos, mas já pagou tudo o que devia. Agora, era uma pessoa honesta e trabalhadora”, salientou Pedro.

Segundo ele, além da loja, cuidada pela mulher, Claudemir era dono do prédio do estabelecimento e de um outro, também na Vila Zumbi, onde mantinha uma pizzaria e uma residência. “Ele tinha quatro filhos e era evangélico da Igreja Deus e Amor”, contou o pai. Pedro não sabia detalhar o que teria motivado as ameaças. “A troco do que tudo isto? Não sei”.

Tiros

Mesmo recebendo ameaças, Claudemir aparentava não acreditar que elas seriam consumadas. Ontem, o homem trabalhou normalmente e, às 13h30, quando estava na loja, cinco homens invadiram o local. Pelo menos três deles estavam armados e atiraram para todos os lados. Oito projéteis acertaram as costas de Claudemir, três a nuca e outros atingiram as nádegas e o braço. Além desses ferimentos, uma das pernas teve o osso quebrado devido à explosão da bala, de acordo com uma análise preliminar da perita Vilma Benkndorf, da Polícia Científica.

As paredes, o balcão e chão ficaram cobertos pelo sangue. Até o pedaço de um dedo ficou em um dos cantos da loja. “Provavelmente este dedo é da mulher”, arriscou o policial militar Sidnei, do 17.º Batalhão da PM. Os tiros deflagrados no chão da loja e na rua, mostravam que os criminosos utilizaram pelo menos três pistolas, de calibres 9mm, 380 e ponto 40.

O soldado Siqueira, do 17.º BPM, que prestou os primeiros atendimentos no local, junto com seu colega Henrique, informou que já não havia vestígios dos assassinos quando chegaram. Eles fizeram buscas na região, mas não localizaram nenhum suspeito. “A mulher foi ferida no braço, na mão e na perna”, relatou Siqueira. Ele disse que a hipótese de latrocínio está praticamente descartada, já que os criminosos nem tentaram levar produtos da loja. “Só pelo número de tiros demonstra que foi uma vingança”, supôs o soldado.

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