A Polícia Civil do Paraná cumpre vários mandados de prisão nesta quinta-feira (01) por conta da “Operação Scriptus”, deflagrada pela polícia do Rio de Janeiro com objetivo de desmantelar parte do esquema do traficante Luís Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, de tráfico de drogas, crime organizado e lavagem de dinheiro. Até o momento quatro pessoas foram presas no Paraná. As investigações começaram quando o Complexo do Alemão foi tomado pela polícia, em novembro do ano passado.

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A operação foi batizada com esse nome devido a uma investigação da polícia carioca, que apreendeu bilhetes com mensagens de Beira-Mar para seus comparsas. A partir dos bilhetes e outros documentos, foi possível identificar várias empresas que recebiam depósitos dos traficantes para “lavar” o dinheiro ou pagar os valores referentes à compra de armas e drogas da quadrilha, que atravessavam os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. De acordo com a polícia, cerca de 10 toneladas de maconha, das 40 que foram apreendidos pelas forças de segurança, chegaram ao Complexo do Alemão através desse sistema.

Na operação de hoje, a polícia cumpre 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Em Foz do Iguaçu, foram cumpridos quatro mandados de prisão e vários mandados de busca e apreensão, que resultaram na prisão de Agapito Maltezo, 51, Thiago Roieski Maltezo, 21, Gisele Fernanda da Silva Bueno, 22 e Marlene da Silva Leite, 43. Também foram apreendidos diversos documentos que comprovam a participação destes no esquema, como comprovantes bancários e de movimentação financeira.

Segundo as investigações, duas empresas de propriedade dos envolvidos estão ligadas à movimentação do dinheiro do tráfico cariocas. O resultado da venda das drogas era enviado para Foz do Iguaçu, onde se comprava armas e mais drogas. Os quatro presos recebiam valores para que estas empresas fossem utilizadas desta forma, figurando assim como “laranjas” dos traficantes. As prisões em Foz do Iguaçu tiveram apoio de policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), de Curitiba.

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Milhões

Estima-se que a quadrilha chegou a movimentar R$ 20 milhões. Em Campo Grande (MS), foram apreendidos documentos em pelo menos duas lojas de revenda de automóveis. No período em que ficou no presídio de segurança máxima de Campo Grande, “Fernandinho Beira-Mar” montou uma estrutura para legalizar recursos da venda de maconha, cocaína e armas, e usava bilhetes para se comunicar com o restante da quadrilha. Beira-Mar cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por homicídio e tráfico de drogas.

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Veja aqui as fotos dos presos.