Mais um fim de semana de muito sangue e violência na região do Sítio Cercado. Ao todo foram quatro mortes no período entre a madrugada de sábado e a manhã de domingo. O primeiro caso aconteceu na Rua Ana Maria Gisen, 57, Moradias 23 de Agosto, no Osternack. O auxiliar de serviços gerais Silvio Aparecido dos Santos foi agredido com vários golpes de punhal. A arma utilizada para matá-lo ficou cravada no pescoço dele. Ninguém soube informar o motivo ou a autoria do crime. Até mesmo o pai do rapaz, ao conversar com a polícia, disse não ter idéia do que havia acontecido, já que aparentemente Silvio não tinha inimizades.
Duplo
Algumas horas depois, dois jovens com prenomes iguais foram assassinados a tiros de pistola. Gabriel Nicollato, 18 anos, e Gabriel Fernando da Silva, 22, foram mortos na esquina das ruas José Bassa e Astrônomo Omar Khayyam.
Segundo o soldado Baulmann, poucas informações foram apuradas no local. ?Aqui existe a lei do silêncio. Ninguém viu nada, ninguém fala nada?, disse o policial.
Para o investigador Luiz Renato, da Delegacia de Homicídios, só nos próximos dias será possível levantar informações sobre o caso. ?Vamos ouvir os familiares, buscar testemunhas e descobrir o modo de vida que levavam esses dois jovens?, explicou.
Queimada
Não menos violenta foi a morte de uma moça, não identificada, de aproximadamente 20 anos, ocorrida próximo a linha férrea, em um terreno baldio na Rua Nova Esperança, quase esquina com Rua José Otávio Meira dos Anjos. Ela foi encontrada por volta de 7h, por Silvio Amaral, que passava pelo local. Possivelmente na tentativa de dificultar as investigações e a identificação da vítima, o autor do crime a estrangulou com um fio de cobre e, depois, ateou fogo no corpo usando álcool ou gasolina. A cabeça foi a parte mais atingida pelas chamas. ?Eu estava passando e vi o corpo da menina, logo chamei a polícia. Quando cheguei, ainda tinha marca de pneu perto do corpo?, explicou Silvio.
O perito Antônio Carlos, da Polícia Científica, disse que os ferimentos e a confirmação de estrangulamento só seriam feitas depois de exames complementares no Instituto Médico-Legal.
Uma mulher, identificada apenas como Gisele, moradora na região, disse ter ouvido um grito durante a madrugada. ?Era mais ou menos 3h30. Ouvi apenas um grito de socorro, era voz de mulher. Não dá pra saber se era dessa moça. A gente fica com medo de sair na rua depois que escurece, ainda mais nessa região que o pessoal costuma se drogar?, disse.
A vítima trajava calça jeans, blusa marron, tinha aproximadamente 50 quilos e 1,60m de altura. Cabelos ruivos.
O investigador Luiz Renato disse que não existe ligação entre os quatro crimes. ?Apesar da proximidade entre os três casos, aparentemente não existe ligação, no entanto vamos investigar essa hipótese também?, completou.