Quatro homicídios em dois meses

Outro acusado de espalhar medo na Planta São Mateus, em Piraquara, está preso. Jeferson de Andrade, o “Tititi”, 20 anos, detido terça-feira em um bar no mesmo bairro, assumiu a autoria de quatro assassinatos cometidos apenas em junho e julho. Ele é o terceiro integrante da “gangue do Batata” que vai para atrás das grades. Os outros são o líder Nílson Avelar, 22 anos, o “Batata”, e Leandro Carlos de Souza, 20, o “Psico”, recolhidos no xadrez daquela cidade. O bando é responsável, segundo a polícia, por pelo menos seis homicídios na região da Rua Betonex, a “Rua da Morte”.

Mortes

Segundo o superintendente da DP de Piraquara, Edson Costa, “Tititi” foi responsável pela mortes de Valmir de Oliveira, 33 anos, o “Japonês, dia 1.º de junho; de Marcos André dos Santos, 23, dia 3 de agosto, e pelo duplo assassinato de Luiz Aurélio Cavalheiro, 19, e Marcos Pereira de Carvalho, 20, em 31 de julho. “Ele contou que em todos os casos estava junto com Psico”, disse o policial.

Com frieza, “Tititi” revelou que cometeu os assassinatos nos bares da região. “Todos vieram para cima de mim. Para me defender, atacava com pedaço de pau”, disse o acusado, que negou participar da “gangue do Batata”. “Só conhecia o pessoal”, afirmou.

“Psico” foi preso há duas semanas, e responde pela mortes de “Japonês” e de Carlos Eduardo Ramos Dias, o “Carlão”, 25, encontrado numa valeta em 15 de junho, com a pele do rosto e o couro cabeludo arrancados. Ele também foi reconhecido, segundo Costa, por duas vítimas de estupro. “Psico” nega envolvimento nestes últimos casos. “Estas duas mortes eu assumo, mas as outras e os estupros não. Já vou pegar uns 30 anos de cadeia, não quero segurar bronca de outros”, disse. A delegacia de Piraquara ainda aguarda o resultado dos laudos do IML para confirmar se “Psico” é responsável pelos estupros.

Seqüência

De acordo com o superintendente, na maioria, os crimes atribuídos à gangue da região da Rua Betonex envolvem desavenças momentâneas e álcool. “Eles não matam trabalhador. Tudo acontece de madrugada, dentro ou em volta de bares”, disse o policial. Apesar das baixas, a gangue ainda não está desmantelada. “Há outras cinco ou seis pessoas que estamos procurando”, disse Costa.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo