Quatro homens assaltaram o Restaurante Mar e Terra, na Avenida Monteiro Tourinho, Bacacheri, às 21h50 de sexta-feira. Eles fugiram em uma Kombi, mas foram detidos por policiais militares do Regimento de Polícia Montada RPMont, minutos mais tarde. Os assaltantes e o motorista do veículo foram encaminhados ao 5.º DP (Bacacheri).

Segundo relato dos detidos, a idéia começou em uma mesa de sinuca. “A gente jogou, bebeu e saiu caminhando. Entramos em uma furada”, relatou Vitor Machado Martins, 31 anos, um dos acusados, acrescentando que trabalha como pedreiro, marceneiro e jardineiro e mora no Bairro Alto. O pintor Adriano Alves, da mesma idade, morador no Rio Verde, também comentou que a idéia surgiu de repente e admitiu estar armado com um dos revólveres, calibre 38, usados no assalto. A outra arma pertencia a Hercílio da Silva, 37, que justificou sua participação com a falta de dinheiro. “Não tem serviço, não tem como arranjar dinheiro”, disse. Ele queria voltar para o Paraguai, onde ganhava a vida com bicos. Daquele país veio Ricardo Fidalski Muller, 27, outro acusado. Ele contou que precisava de dinheiro para retornar para casa, onde trabalhava como motorista.

“Motorista”

Com armas em punho eles entraram no estabelecimento, rendendo funcionários e clientes, conforme informado pelo tenente Baran. Saíram a pé, levando cerca de 600 reais em dinheiro, 255 em cheques, e mais vales-refeições, carteiras, celulares e documentos. No caminho, teriam deparado com Cláudio da Silva Peixoto, 46, que passava com sua Kombi de carreto pelo local. “Eles me ameaçaram e obrigaram a dar fuga”, relatou. Os soldados Cleder, Lunelli e Szczerepa, junto com o tenente, fizeram um cerco na região e conseguiram deter a trajetória do veículo e seus ocupantes.

Cláudio é separado e mora com a mãe na Vila Esperança, em Colombo. De acordo com suas declarações ele saiu da Receita Federal, onde trabalhava, acusado de extorsão. “Estou levando uma vida honesta e me acontece uma coisa dessas”, lamentava. Ele também foi levado ao 5.º DP.

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