Luiz Carlos foi preso em flagrante. |
Dois assaltos resultaram na prisão de Luiz Carlos Fontana, 37 anos. Os comparsas dele, os irmãos Sidnei Belizário, 22 anos, e Silvanei Belizário, 21, conseguiram escapar. Luiz foi preso por policiais militares e conduzido à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular da DFRV, informou que os irmãos estão com prisão decretada e procurados pela polícia.
Por volta das 13h, o trio atacou uma loja de equipamentos para carros, na Rua João Doetzer, Uberaba. Os bandidos invadiram o estabelecimento, trancaram o funcionário e clientes na sala do estoque e “fizeram a limpa”. Eles levaram todos os equipamentos que estavam em exposição. “Acredito que meu prejuízo seria de uns R$ 20 mil”, estimou o proprietário da loja, que começou a funcionar a menos de um mês. Além das mercadorias, os marginais levaram o Corsa branco GSI, placa AFL-8656, do dono do estabelecimento, e o Celta prata ALI-3812, de um cliente.
Os assaltantes trocaram as placas dos carros e se dirigiram até uma loja de acessórios, na Avenida Anita Garibaldi, Barreirinha. Logo que os bandidos deixaram o local, a polícia militar foi acionada. Uma equipe da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone), agiu rápido e conseguiu deter Luiz, que estava de posse do Celta. Os irmãos conseguiram escapar com o Corsa. O capitão Sampaio informou que Luiz levou os policiais até a casa dos comparsas, na Rua Canaã, Vila União, Uberaba, onde foi apreendido o revólver calibre 38 usado nos roubos.
Dramas
Josefa dos Santos Belizário, 44 anos, mãe dos irmãos acusados de participar do assalto e a única pessoa que a polícia encontrou no local, lamentava o caminho escolhido pelos filhos. Sidnei e Silvanei Belizário, 22 e 21 anos, respectivamente, sumiram e nem atenderam ao telefonema de Josefa. “Eles me fizeram passar essa vergonha. Não sou a favor de coisa errada, trabalho o dia inteiro”, reclamou, mostrando a foto dos filhos.
De acordo com a mulher, Silvanei completou o ensino médio e tinha saído do emprego há pouco tempo. “Ele deu entrada no seguro-desemprego”, relatou a mãe. O outro filho não estudou além da 5.ª série do ensino fundamental. “Depois dos 20 anos eles não ouvem mais a gente, pensam que sabem de tudo”, analisou Josefa, que sempre os incentivou a trabalhar e receber dinheiro honestamente. Os dois são amasiados e têm filhos.
Ex-preso
Luiz ficou um ano e três meses preso, primeiro na Casa de Custódia de Curitiba (CCC) e, depois, da Colônia Penal Agrícola, de onde saiu em liberdade condicional em fevereiro deste ano. Ele relatou que se complicou ao comprar uma moto roubada e que sempre trabalhou com carteira assinada. “Depois que saí da Colônia, consegui emprego de motoboy, com uma moto financiada, com os impostos atrasados. Um carro me fechou e houve um acidente. Perdi o veículo”, resumiu.
Em seguida, trabalhou como servente e, novamente como motoboy. “Pediram a negativa de antecedentes e tive de sair do emprego”, lamentou. Depois conseguiu trabalho na construção civil, como porteiro de um prédio no centro de Curitiba. “Lá também me pediram o registro de antecedentes”, disse. Para Luiz a Justiça não abre possibilidade de um ex-presidiário manter-se em algum emprego. “Sei que fiz uma coisa errada. Vou provar que consigo me reerguer trabalhando”, finalizou. Ele mora com duas filhas e um filho pequenos na Vila União, conforme relatou.
O detido e os objetos recuperados, além do Celta, foram encaminhados à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.
O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular da DFRV, disse que já está trabalhando para prender os irmãos. Ele adiantou que já representou pela prisão preventiva dos dois e solicitou às pessoas que souberem do paradeiro de Sidnei e Silvanei que entrem em contato através do telefone 329-6744.