O Departamento de Inteligência do Paraná com apoio das Polícias Civil e Militar deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a “Operação Rastro” para combater a ação de quadrilhas especializadas que estariam desviando cargas dos operadores portuários que exportam grãos pelo Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado.
Os policiais vão cumprir 17 mandados de busca – todos na cidade de Paranaguá. A suspeita é que galpões estejam sendo usados como depósito do material roubado e furtado para posterior comercialização.
A investigação começou após informações preliminares recebidas pela direção da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina). Durante o processo investigatório, os policiais perceberam que as quadrilhas agem de diversas maneiras. As cargas de grãos são roubadas durante a noite, quando o motorista está dormindo, mas também quando os caminhões estão trafegando pela cidade em velocidade baixa.
Com destreza, eles rompem alguns pontos de descarga (bicas), que ficam na parte traseira dos caminhões, derramando grande parte da carga pela rua — sem que o motorista perceba tal ação. Imediatamente, integrantes da quadrilha recolhem parte da carga e armazena em depósitos clandestinos existentes nas imediações do Porto.
“Além de conter a ação destes criminosos, a operação visa também trazer mais segurança na área portuária evitando assim crimes como tráfico de drogas, pequenos roubos e furtos e posse ilegal de arma de fogo”, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita.
A operação conta com cerca de 150 policiais civis e militares do Diep, do 9º Batalhão de Polícia Militar, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Delegacia de Polícia Civil de Paranaguá.
A operação foi batizada como “Rastro” por ser uma das formas que estas quadrilhas atuam para desviar cargas de grãos.