Integrantes de duas quadrilhas, responsáveis por 12 roubos a bancos, em Curitiba, desde dezembro do ano passado, foram identificados por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Imagens de alguns dos assaltos foram divulgadas na tarde de ontem.

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Uma das quadrilhas tem nove integrantes, dois já identificados. São procurados Sandro Luiz Cardoso, que fugiu em novembro com quatro presos da Penitenciária Estadual de Piraquara II, onde cumpria pena por latrocínio, e Marcos Souza dos Anjos, que fugiu em fevereiro do ano passado da delegacia de Campo Largo, onde foi indiciado por roubo e tráfico de drogas. Em 2008, Marcos já havia sido preso, suspeito de planejar o sequestro de um gerente de banco.

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Luiz: golpe da platina.

Estratégia

O delegado-adjunto Amarildo Antunes explicou que eles sempre invadiam as agências em três. Um entrava e distraía o vigilante, outro entrava logo em seguida e colocava o celular no porta-objetos. No momento em que ia pegar o telefone na caixa, o terceiro passava a arma pela mesma abertura. Já armados, dois roubavam o dinheiro dos caixas enquanto o que ficara do lado de fora dava cobertura.

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Essa quadrilha é acusada de dois roubos, em dezembro do ano passado, um em janeiro, dois em fevereiro, três em março e um na quarta-feira passada, na agência do Bradesco do Fazendinha. Entre os roubos cometidos está o dos caixas eletrônicos do HSBC que ficam no interior do Hospital Nossa Senhora das Graças e o assalto ao HSBC do São Braz, que deixou um dos vigilantes ferido.

A polícia já tem imagens de todos os suspeitos e conta com o apoio da população para identificá-los e localizar Sandro e Marcos. Quem tiver informações sobre a quadrilha pode telefonar para (41)3284-6562.

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Outra

A segunda quadrilha, composta por duas ou três pessoas, é acusada de três roubos no mês passado. Eles agiam de forma diferente. “O assaltante dizia para o vigilante que tinha platina na perna, para que o detector de metais fosse desativado”, explica Antunes. Luiz Carlos de Souza, 27, conhecido como “Boréu”, foi identificado nas imagens do circuito interno de segurança e preso no São Gabriel, em Colombo, conduzindo o Marea vermelho utilizado para fuga da quadrilha.

Atenção nas brechas

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Bando se disfarçava e enganava vigilante pra entrar com arma.

Já foi registrado neste ano quase o mesmo número de roubos a banco do ano passado. De acordo com o delegado do Cope, quadrilhas passaram a investigar as falhas na segurança das agências. “O bandido sempre escolhe o alvo mais fácil e faz o levantamento prévio para analisar as facilidades que pode encontrar em cada agência”, afirma Antunes. Muitos dos roubos foram cometidos em agências onde a porta detectora de metais não funcionava ou durante o horário de almoço de funcionários da equipe de segurança.

Para orientar os vigilantes, policiais participarão do encontro de seguranças do Itaú amanhã. Serão apontadas atitudes que podem auxiliar a polícia nas investigações, como a preservação do local do crime. “Precisamos agir em conjunto. Além do dinheiro, os assaltantes sempre levam a arma do vigilante”.