Parte da quadrilha que roubou explosivos de uma mineradora em Rio Branco do Sul na segunda-feira foi presa pela Polícia Militar no final da madrugada desta quarta-feira. O bando pode ter envolvimento com as explosões em agências bancárias para roubo de caixas eletrônicos que aconteceram em Campina Grande do Sul e Agudos do Sul no início do mês, e em Bocaiúva do Sul, em junho.
Pelo menos cinco assaltantes invadiram a mineradora durante a noite. Por mais de duas horas eles mantiveram funcionários como reféns para carregar todo o explosivo que conseguiram. Antes que eles fugissem, uma testemunha conseguiu anotar a placa de um dos carros que eles utilizaram, o Palio branco NKV-7817.
A Agência Central de Inteligência da Polícia Militar localizou o veículo em Colombo. Com apoio de equipes do 17° Batalhão, o veículo foi abordado quando estacionava em frente a uma residência, no Jardim Guaraituba. O condutor, Adriano Mariano Batista, 24 anos, foi preso.
Dentro da casa os policiais prenderam Gustavo Macedo de Oliveira, 22, e apreenderam quase todo o material roubado da mineradora. As 517 bananas de dinamite, 31 espoletas com estopim e mais de 800 metros de cordão detonante poderiam ser utilizados para prática de vários crimes.
Na continuação da operação, os policiais localizaram e prenderam em outra casa, no mesmo bairro, Paulo Henrique Pestana Hahn, 22. Ele portava um revólver calibre 38 e também teria participado do roubo à mineradora. Os presos e o material apreendido foram encaminhados à Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba, que segue investigando o caso e buscará os outros integrantes da quadrilha.
Envolvimento
Os suspeitos podem ter participado de outro roubo de explosivo que foi feito na Rua Antônio Guedes, bairro Morro Azul, em Almirante Tamandaré, em junho. Eles também podem ter envolvimento com o bando que explode agências bancárias para roubar caixas eletrônicos, que já agiu pelo menos três vezes este ano na Região Metropolitana de Curitiba.
“Se essa quadrilha não executa diretamente os roubos a banco, pode fornecer o material para que outras quadrilhas o façam. Além disso, retirando esse material das ruas, estamos coibindo possíveis tentativas de resgate de presos em delegacias ou penitenciárias, atentados contra autoridades, contra equipes policiais, e outros delitos”, lembra o tenente Adilson Martendal, que participou da operação.